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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Estresse infantil: grandes problemas para pessoas pequenas


Quando se fala de estresse, pensamos em uma doença só dos adultos, porém essa não é a realidade. As brigas entre os pais, a mudança de casa ou de escola, a exigência de conhecer novos amigos e as excessivas tarefas, também podem transformar as crianças em vítimas deste problema.

O doutor Tito Antonio Rosan, psiquiatra, presidente da Fundação para a Pesquisa do Déficit Atencional e Hiperquinesia e diretor da Clínica Heras S.A. em Buenos Aires, Argentina, vem dizendo há anos que as exigências que suportam as crianças, "sobre tudo as tendências centrífugas que afetam o núcleo familiar atual e também os excessivos estímulos relacionados ao aprendizado nas escolas constituem fatores de risco que podem provocar estresse infantil".

O mesmo diz a psicóloga mexicana Aurora Jaimes; \"em certas sociedades e núcleos existem muitas exigências acadêmicas, relacionadas com o esporte e o estudo, que requerem esforço e dedicação constante para obter um primeiro lugar na escola, sendo estas obrigações uma fonte de estresse\".

Os pais devem trabalhar para manter o lar e esta atividade pode demandar muito tempo fazendo com que tornem-se em indivíduos ausentes na casa, que só exijam o rendimento das crianças sem apoio afetivo. Esto ultimo é vital para evitar o estresse e poder perceber o que o filho sente.

As causa mais freqüentes de estresse infantil são:

* Disfunção familiar, separação ou abandono dos pais.
* Mudança da casa, cidade o escola.
* A chegada de um novo irmão.
* Dificuldades de adaptação social.
* Morte de algum parente.
* A competitividade e a exigência nas escolas.

Condutas alarmantes

Os sintomas do estresse nas crianças menores de cinco anos:

* Irritabilidade
* Choro mais do usual.
* Desejo de estar sempre nos braços
* Pesadelos.
* Medos excessivos à escuridão, aos animais ou à estar sozinhos.
* Mudanças no apetite.
* Dificuldades na fala.
* Retorno a comportamentos infantis já superados, como urinar na cama ou chupar o dedo.

Os sintomas do estresse nas crianças de entre 5 a 11 anos são:

* Irritabilidade.
* Agressão.
* Choros.
* Necessidade de chamar a atenção dos pais competindo com os irmãos.
* Apresentar dores físicas sem existir doenças.
* Afastamento dos colegas.

Aurora Jaimes explica que os pais devem estar atentos à alguma das manifestações e no caso que assim seja, recorrerr ao profissional, \"dado que o desenvolvimento da criança pode ser afetado\".

A doutora Brenda Rivera, psiquiatra e psicoterapeuta do Hospital Angeles del Pedregal, na cidade de México aconselha que quando a criança tem estresse \"o primeiro passo que deve ser dados pelos pais é de se acalmar e dar-lhe segurança, demostrando que conta com o apoio que eles precisam\".

Se o estresse chega a passar desapercebido pelos pais e não é tratada corretamente, corre-se o risco de que se desenvolva outro tipo de patologias associadas, como a depressão. Isto pode ser evitado se os paia tiverem tempo de olhar com calma o seu filho.
Fonte:http://www.saudenainternet.com.br/portal_saude/
Gleidson Marques Silva
Psicólogo/Psicoterapêuta
CRP:13/3886

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Stress o mal do mundo moderno!!!!!






O "STRESS" é o resultado de uma reação que o nosso organismo tem quando estimulado por fatores externos desfavoráveis. A primeira coisa que acontece com o nosso organismo nestas circunstâncias é uma descarga de adrenalina no nosso organismo, e os órgãos que mais sentem são o aparelho circulatório e o respiratório.

No aparelho circulatório a adrenalina promove a aceleração dos batimentos cardíacos (taquicardia) e uma diminuição do tamanho dosvasos sangüíneos periféricos. Assim, o sangue circula mais rapidamente para uma melhor oxigenação, principalmente, dos músculos e do cérebro já que ficou pouco sangue na periferia, o que também diminui sangramentos em caso de ferimentos superficiais.

No aparelho respiratório, a adrenalina promove a dilatação dos brônquios(broncodilatação) e induz o aumento dos movimentos respiratórios(taquipnéia) para que haja maior capitação de oxigênio, que vai ser mais rapidamente transportado pelo sistema circulatório, também devidamente preparado pela adrenalina.

Quando o perigo passa, o nosso organismo para com a super produção de adrenalina e tudo volta ao normal. No mundo de hoje as situações não são tão simples assim e o perigo e a agressão estão sempre nos rodiando. Por isso a reação do organismo frente ao stress é de taquicardia, palidez, sudorese e respiração ofegante. Pode haver também um descontrole da pressão arterial e provocar um aumento da pressão à níveisbem altos, mas não siginifica que a pessoa seja hipertensa.Enfim o Stress não é uma doença, é uma reação do organismo a uma ou mais sobrecargas.

Trânsito, problemas financeiros, profissionais, familiares, situações de vida, doenças, álcool, drogas, acidentes, correria, insegurança, dificuldades com chefes, colegas, carro quebrado, Marginal parada, etc., fazem nosso corpo produzir excesso de dois hormônios, Adrenalina e Cortisol.

Então começam os sinais de Stress:

*

Diminuição do rendimento, erros, distrações e faltas na escola ou no trabalho.
*

Insatisfação, irritabilidade, explosividade, reclamações.
*

Indecisão, julgamentos errados, atrasados, precipitados, piora na organização, adiamento e atrasos de tarefas, perda de prazos.
*

Insônia, sono agitado, pesadelos.
*

Falhas de concentração e memória.
*

Coisas que davam prazer se tornam uma sobrecarga.
*

Uso de finais de semana para colocar o serviço em dia, ao invés de relaxar.
*

Cada vez mais tempo com trabalho e menos com lazer. Parece que o dia normal de trabalho não é mais suficiente para o que tem que ser feito.
*

Diminuição de entusiasmo e prazer pelas coisas, sensação de monotonia

Que levam aos sintomas do Stress

*

Cansaço
*

Ganho ou perda de peso, má digestão, prisão de ventre e diarréia, gases, gastrites, úlceras.
*

Baixa de resistência, infecções, gripes e outras viroses, por exemplo Herpes.
*

Pressão Arterial alta, Colesterol alto, Arteriosclerose, Acidente Vascular Cerebral (AVC ou "Derrame"), Infarto, etc.
*

Dores de cabeça, dores musculares, dores “de coluna”, Fibromialgia.
*

Bruxismo (significa ranger dentes durante o sono).
*

Restlesslegs (pernas intranqüilas, principalmente na cama durante a noite).
*

Acne, pele envelhecida, rugas, olheiras. Seborréia, queda de cabelos, unhas fracas.
*

Diabetes.
*

Diminuição de Libido, Impotência Sexual.
*

Tentativa de relaxar com álcool, nicotina, drogas e excesso de comida, causando outras complicações no organismo.
*

Doenças psicossomáticas.
*

Ataques de ansiedade.
*

Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG).
*

Ataques de Pânico [taquicardia, sudorese, falta de ar, tremor, fraqueza nas pernas, ondas de frio ou de calor, tontura, sensação de que o ambiente está estranho, que a pessoa “não está lá” (isso se chama desrealização), de que vai desmaiar, de que vai ter um infarto, de uma pressão na cabeça, de que vai "ficar louco", de que vai engasgar com alimentos, assim como crises noturnas de acordar sobressaltado com o coração disparando e com sudorese intensa].
*

Depressão.

Importante:

1) Não precisa acontecer uma sobrecarga exagerada para estressar. Às vezes vários pequenos fatores se acumulam e sobrecarregam o organismo. Isto é muito importante, porque a maioria das pessoas acha que para estressar precisar existir um problema muito grande, e não precisa mesmo !

2) Sobrecargas "boas" também podem estressar. Exemplos: comprar, reformar, construir casa, promoção no trabalho com novos desafios, casamento, ganhar na loteria e ter que investir o dinheiro J.

Com o tempo aprendemos a controlar, administrar e conviver com os problemas que nos sobrecarregam e causam ansiedade. Cada pessoa tem um limite de problemas que ela consegue administrar, isso é individual.

Você não precisa se livrar de todos os seus problemas para melhorar, basta chegar à quantidade que você consegue administrar sem estressar.

O que fazer ?

*Arrume um hobby ou um passatempo, isto ajuda a desviar a sua atenção e alivia o stress.
*Controle a sua dieta, melhorando seus hábitos, diminuindo o consumo de bebidas alcóolicas e deixe de fumar. Ao contrário do que muita gente pensa estas atitudes não são estressantes mas, contribuem para a diminuição do stress.

A solução é óbvia mas difícil de fazer: mudar hábitos.
*

Deitar mais cedo, dormir mais, fumar e beber menos, alimentação mais saudável, socializar mais com amigos, dançar, fazer esportes, ir ao cinema.
*

Viajar, tirar férias, curtir a família. Até Deus precisou descansar no sétimo dia !
*

Massagem, Yoga, meditação.
*

Condicionamento físico.
*

Psicoterapia. Conversar com uma pessoa neutra e tecnicamente preparada ajuda a organizar melhor os pensamentos e administrar melhor os problemas.
*

A medicação acaba com os sintomas físicos e melhora o sono. Com isso a pessoa tem mais “cabeça fria” e energia para procurar soluções.

*Procure conversar mais com as outras pessoas, melhore o seu relacionamento, isto não vai curar mas alivia as tensões.

Se aparece uma Depressão ela irá piorar o Stress e criar um círculo vicioso, portanto deve ser tratada.

Não deixe de se tratar. Sua qualidade de vida só pode melhorar.


Gleidson Marques Silva
Psicólogo/Psicoterapêuta
CRP:13/3886

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Luto e o Sofrimento!!!!!



O que é Luto e o sofrimento?

O luto é uma tristeza ou sentimento de pena profundos em decorrência de uma perda. A perda pode ser algo grande e pequeno. Pode ser de algo positivo ou negativo.

Causas

Exemplos de fatos que causam sofrimento incluem mudanças em:

*
Emprego (novo, perda, promoção ou rebaixamento, aposentadoria)
*
Relacionamentos (separação, divórcio, quando um filho sai de casa)
*
Saúde (doença, ferimento, acidente)
*
Fatos da vida (morte de amigo ou membro da família, perda de propriedade, mudança de casa ou de cidade)

O luto é um processo de sofrimento geralmente relacionado à morte de uma pessoa amada. Existem vários fatores que influenciam o modo como reagimos a perdas como a morte. Esses fatores incluem:

*
Idade
*
Saúde
*
O quão repentina foi a perda
*
Cultura
*
Crenças religiosas
*
Segurança financeira
*
Vida social
*
Antecedente de outras perdas ou eventos traumáticos

Cada um dos fatores acima pode aumentar ou diminuir a dor do luto. Tentar negar o sofrimento ou evitá-lo parece apenas criar mais problemas graves no futuro. Para atravessar o processo de luto de maneira saudável, é melhor entender o que é conviver com a perda.

Fases do luto:

Antes de uma pessoa em luto se sentir plena ou cicratizada, ela geralmente passa por 4 fases:

1. Choque. A pessoa se sente atordoada ou adormecida

2. Negação ou procura. A pessoa:

*
Fica em estado de incredulidade
*
Faz perguntas do tipo "porque isto aconteceu?" ou "porque eu não evitei isto?"
*
Procura maneiras de manter a pessoa amada ou a perda consigo
*
Pensa ver ou ouvir a pessoa perdida
*
Apenas começa a sentir a realidade do ocorrido

3. Sofrimento e desorganização. A pessoa:

*
Tem sentimentos como culpa, depressão, ansiedade, solidão, medo, hostilidade.
*
Pode culpar qualquer um ou qualquer coisa pelo ocorrido, incluindo a si mesma
*
Pode apresentar sintomas físico como dor de cabeça, dor de estômago, cansaço constante e falta de ar
*
Afasta-se dos contatos sociais e da sua rotina

4. Recuperação e aceitação. A pessoa:

*
Começa a olhar para o futuro em vez de se concentrar no passado.
*
Ajusta-se à realidade da perda
*
Desenvolve novos relacionamentos
*
Desenvolve uma atitude positiva
Dicas de autocuidado

*
Faça refeições regulares.
*
Exercite-se regularmente, como caminhar.
*
Permita que os amigos e a família o ajudem. Conte a eles como realmente se sente. Não guarde os seus sentimentos. Visite os amigos e a família, principalmente no período das festas. Viajar durante as festas também pode ajudar. Relembrar também é essencial. Lembrar-se do passado pode ser essencial no processo de compreensão da perda.
*
Tente não fazer grandes alterações sem sua vida (como se mudar) no primeiro ano de luto.
*
Entre em um grupo de apoio para pessoas de luto se alguém muito próximo a você tiver morrido.



IMPORTANTE

* Procure o seu médico para diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios.
*Procure um Psicólogo
* As informações disponíveis,possuem apenas caráter educativo.

Fonte:Drª Shirley de Campos


Gleidson Marques CPR:13/3886

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Ejaculação Precoce



João Pessoa 08/10/2009

A Ejaculação Precoce ou Ejaculação Rápida representa um sério problema no controle do tempo do orgasmo, que ocorre muito mais cedo do que o desejado, portanto, produzindo um final abrupto e insatisfatório para a atividade sexual, tanto para o homem quanto para a mulher.

Estudos recentes sugerem que a Ejaculação Precoce seja o problema sexual mais comum entre os homens, afetando algo em torno de 10-30% em algum momento de suas vidas. Talvez esses números só não sejam maiores porque a maioria dos homens tem vergonha em procurar ajuda ou reconhecer o problema.

O homem com Ejaculação Precoce freqüentemente manifesta decepção, ansiedade e sofrimento com essa situação. Tais sentimentos surgem não somente porque a rapidez da ejaculação interfere com sua satisfação sexual mas, freqüentemente, porque afeta também a satisfação de sua parceira.

Portanto, diferente das outras disfunções eréteis, as quais são prontamente definidas como falta ou ausência sexual, o estado da Ejaculação Precoce pode ser referido como uma atividade sexual que existe, porém, muito insatisfatória.

Essa dificuldade sexual geralmente motiva o casal a buscar tratamento, outras vezes produz a insatisfação sexual crônica, principalmente quando o homem, por orgulho, vergonha ou outra fraqueza, se recusa a reconhecer o problema.

Sentir ansiedade sobre o desempenho sexual é comum entre homens. Vários estudos relatam que um subgrupo de homens com Ejaculação Precoce apresentam alta incidência de ansiedade e esta ansiedade exagerada pode ser um fator de contribuição à etiologia da Ejaculação Precoce.

Ao diagnosticar a Ejaculação Precoce o médico deve estar ciente das várias condições atenuantes e agravantes do problema. A ejaculação não é geralmente considerada precoce, por exemplo, caso seja pouca freqüente, ou seja resultante de atividade sexual muito pouco freqüente. Com relação a este último ponto, intervalos longos entre atividades sexuais diminuem o limiar ejaculatório na maioria dos homens.

Alguns medicamentos também são conhecidos por induzir período de latências ejaculatórias mais curtos. Notadamente as drogas que afetam os mecanismos adrenérgicos e colinérgicos podem também romper o controle normal sobre a ejaculação.

Entendendo a Ejaculação

O orgasmo é o estágio final da seqüência sexual, começando esta pelo desejo, seguindo para a fase de estímulo e, finalmente, se resolvendo no orgasmo. Nos homens, o orgasmo é tipicamente marcado pela ejaculação, seguida por queda da ereção do pênis e um período relaxamento, o qual inibe uma ereção posterior por um período de tempo variável de pessoa a pessoa.

Neurologicamente a ejaculação pode ser entendida como sendo um componente eferente (motor) de um processo reflexo, o qual se inicia com a estimulação sensorial sobre a glande do pênis. Apesar do componente sensorial não ser necessariamente crítico e indispensável ao processo todo, haja visto a ocorrência da ejaculação espontânea durante o sono, ele claramente facilita o reflexo e é considerado muito importante para a resposta sexual pela maioria dos homens.

As terminações nervosas e os receptores corpusculares, ambos presentes por toda a glande, são possíveis locais para os receptores mediadores do reflexo estimulação-ereção(1). Os sinais derentes do pênis (aferentes porque vão do pênis ao cérebro e não ao contrário), atravessam o componente sensorial do nervo pudendo e entram pela medula na altura do sacro (osso da pelve).

Durante a ejaculação os nervos simpáticos do sistema nervoso autônomos, neste caso aferentes (do cérebro para o pênis) estimulam as contrações da musculatura lisa nos canais deferentes (que conduzem o esperma), na vesícula seminal e na próstata para gerar a emissão seminal e o fechamento do colo vesical, por onde sai a urina.

Todo este processo dispara um reflexo secundário, iniciando-se com a sensação uretral de emissão do esperma, sensação esta agradavelmente percebida pela pessoa, e então dispara o componente somático do reflexo, o qual diz respeito às contrações dos músculos do pênis (bulbocavernoso e cavernoso). Essas contrações penianas são mediadas colinergicamente e associadas com a sensação subjetiva prazerosa do orgasmo.

Tendo em vista o fato de muitos homens conseguirem ter algum controle moderado sobre o processo ejaculatório, embora os mecanismos psicológicos para isso ainda não tenham sido bem explicados, acredita-se que os processos de orgasmo mediados no sistema nervoso central (e não no pênis) tenham um papel modulador, tanto facilitador como inibidor sobre a ejaculação.

Nas questões ejaculatórias o nível de estímulo sexual (psicológico) da pessoa é um dos fatores mais importantes, assim como também são importantes as atitudes conscientes cognitivas, como por exemplo o foco da atenção durante o ato sexual, as atitudes afetivas e comportamentais, como por exemplo as posições na cama, a coordenação de tempo, etc. Tudo isso pode influenciar o limiar ejaculatório(2).

O diagnóstico de Ejaculação Precoce

A maioria dos pesquisadores e dos médicos baseia-se nos critérios DSM-IV para Ejaculação Precoce , os quais a definem como uma "ejaculação persistente ou recorrente com mínimo estímulo sexual antes, durante ou logo após a penetração e antes da pessoa o desejar".

Traduzindo isso para critérios práticos nem sempre resulta em consenso entre os médicos, os pesquisadores e os próprios pacientes. Além disso, estes critérios podem ser altamente variáveis por fatores tais como idade, o quão recente é a parceira, a situação em si e a freqüência da atividade sexual. Valores culturais e pessoais também têm que ser considerados, particularmente entre grupos étnicos ou entre pessoas que não dão importância ao prazer sexual da companheira.

Apesar dos portadores de Ejaculação Precoce não terem problemas quanto à sua auto-avaliação, sendo que muitos reconhecem prontamente essa condição, outras diretrizes podem oferecer um ponto de partida para ajudar a identificar esse transtorno.

Critérios Diagnósticos para F52.4 - 302.75 - Ejaculação Precoce
A. Ejaculação persistente ou recorrente com estimulação sexual mínima antes, durante ou logo após a penetração, antes que o indivíduo o deseje. O clínico deve levar em consideração os fatores que afetam a duração da fase de excitação, tais como idade, novidade da parceira ou situação sexual e freqüência da atividade sexual recente.
B. A perturbação causa acentuado sofrimento ou dificuldade interpessoal.
C. A ejaculação precoce não se deve exclusivamente aos efeitos diretos de uma substância (por ex., abstinência de opióides).
Especificar tipo:
Tipo Ao Longo da Vida
Tipo Adquirido
Especificar tipo:
Tipo Generalizado
Tipo Situacional
Especificar:
Devido a Fatores Psicológicos
Devido a Fatores Combinados



Período de Latência ou Latência Ejaculatória A ejaculação que ocorre antes de ou durante 1-2 minutos após a penetração vaginal sugere fortemente tratar-se de Ejaculação Precoce. Pesquisas mostram que cerca de 30% dos homens com Ejaculação Precoce ejaculavam antes da penetração. Por outro lado, os homens que ejaculavam dentro de 1 -2 minutos após a penetração, geralmente não queriam ser incluídos nos critérios para Ejaculação Precoce(3).

Os homens com Ejaculação Precoce costumam ser razoavelmente precisos em suas avaliações sobre essa latência, portanto, informações obtidas do paciente podem ser, geralmente, consideradas confiáveis.
Outro fato evidenciado pelas pesquisas é que a maior parte das situações que provocam a ejaculação em homens com Ejaculação Precoce envolvem a estimulação peniana direta de algum tipo, como, por exemplo, o toque, manipulações e movimentos. Outros tipos de estímulos, como por exemplo o estímulo visual, olfativo ou auditivo, geralmente não são adequados para disparar o reflexo da ejaculação.

Apesar do número de movimentos do pênis dentro da vagina necessários para a ejaculação ser muito variável, mais de 80% dos homens com Ejaculação Precoce relatam ser necessários 7 ou menos movimentos para ejacularem, em contraste, a maior parte dos homens sem Ejaculação Precoce reconhecem serem necessários de 10 a 50 movimentos conseguir ejacular(4).

O controle sobre a ejaculação

Uma curta latência ejaculatória não significa obrigatoriamente Ejaculação Precoce. Homens com Ejaculação Precoce referem ter um controle mínimo ou nenhum controle sobre a coordenação do tempo até a ejaculação. Apesar de já ter sido debatido qual o grau de controle que uma pessoa possa realmente ter sobre a coordenação do tempo para ejaculação, os homens sexualmente normais têm a impressão de possuir algum grau de controle do processo, enquanto que homens com Ejaculação Precoce relatam ter pouco ou nenhum controle sobre o mesmo. Numa escala de 7 pontos, sendo 1 ponto relativo à nenhum controle e 7 significando controle total, homens com Ejaculação Precoce tipicamente se enquadram no nível 1 - 2, enquanto que homens sem Ejaculação Precoce raramente relatam valores inferiores a 5 .

Enquanto as condições acima podem ser utilizadas para se estabelecer se um indivíduo é ou não é um ejaculador precoce, algumas vezes inúmeras outras condições ou queixas caracterizam estes pacientes.

Muitos homens com Ejaculação Precoce relatam hipersensibilidade no pênis, apesar de estudos tensiométricos investigando sensibilidade peniana em homens com Ejaculação Precoce não terem gerado achados consistentes relativos a esta possibilidade(5). A hipersensibilidade referida pode simplesmente refletir uma resposta psicologicamente aceitável, ao invés de hipersensibilidade real.

Muitos homens com Ejaculação Precoce relatam curtos períodos de latência durante o coito e também durante a masturbação, entretanto, uma parte considerável deles experimenta esses curtos períodos de latência apenas durante a relação sexual mas não durante a masturbação. Presumivelmente, durante a masturbação estes homens são capazes de exercer um maior controle sobre o período de tempo até a ejaculação porque eles estão menos estimulados e porque eles podem relaxar e/ou aplicar menos pressão no pênis. Portanto, a ausência desses curtos períodos de latência durante a masturbação não necessariamente elimina a possibilidade de Ejaculação Precoce.

Alterações na expulsão do esperma

Um subgrupo de homens com Ejaculação Precoce não somente relata curtos períodos de latência para a ejaculação, como também não experimentam a sensação completa que tipicamente define o orgasmo. Estes homens, embora possam apresentar a resposta típica de emissão do esperma, referem contrações expulsivas mínimas ou ausentes, de tal forma que o sêmen pode escorrer do pênis, ao invés de jorrar em jato.

A ejaculação define o ápice do estímulo sexual. Mesmo assim, alguns pacientes com Ejaculação Precoce referem que a ejaculação ocorre antes deles se sentirem completamente satisfeitos.

Disfunção erétil concomitante

Apesar da Ejaculação Precoce e a Disfunção Erétil poderem coexistir, a incidência dessa concordância ainda não é conhecida. Tipicamente estes pacientes podem ejacular sem uma ereção completa e com a intumescência do pênis atingindo um pico sub-máximo no momento da ejaculação. Especificamente, a Ejaculação Precoce pode anteceder, coincidir ou ser posterior ao início da Disfunção Erétil. Quando a Ejaculação Precoce antecede o início da Disfunção Erétil, as disfunções duplas podem significar uma deterioração da integridade neurológica na região genital. Entretanto, quando a Ejaculação Precoce é posterior ao inicio da Disfunção Erétil, é necessário assegurar-se de que a ejaculação rápida não seja simplesmente secundária à insuficiência da eração, ou seja, uma maneira psicológica do paciente lidar com seu medo de perder a ereção.

Causas da Ejaculação Precoce

Diferente dos problemas decorrentes das primeiras duas fases do ciclo de respostas sexuais masculinas (ou seja, desejo e estímulo), é virtualmente impossível saber se a causa da Ejaculação Precoce é orgânica ou psicogênica. Há evidências que apóiam ambas as causas, tanto a origem psicológica quanto a biológica para a Ejaculação Precoce.

Em algumas raras situações, a causa da Ejaculação Precoce pode ser atribuída exclusivamente a uma ou a outra etiologia. Exemplo raros onde a causa pode ser puramente orgânica são os casos resultantes de cirurgia pélvica, prostatectomia radical (retirada da próstata), ou até hipogonadismo (distúrbio endócrino), enquanto causas puramente psicológicas podem surgir quando o homem (inconscientemente) ejacula rapidamente devido a uma sensação de vergonha ou culpa sobre a sexualidade ou devido a hostilidade de ou por sua parceira(6-7).

Explicações psicológicas da Ejaculação Precoce enfocam processos mediados no Sistema Nervoso Central, tal como o nível de excitação sexual que deveria controlar o momento da ejaculação. Essas explicações postulam que homens com Ejaculação Precoce podem ser menos eficientes para controlar o momento da ejaculação. Presumivelmente, esses pacientes estariam pouco harmonizados com o nível de excitação sexual, portanto, tenderiam a subestimar a excitação atual.

Algumas explicações fisiológicas para a Ejaculação Precoce enfatizam o envolvimento de alterações nos processos reflexos da medula. Tais estudos examinam a latência e a força dos potenciais relativos ao evento medidos ao longo das vias nervosas aferentes e/ou eferentes do reflexo medular ou mesmo dentro das áreas cerebrais específicas.

Apesar de não haver evidências suficientes para apoiar a existência de diferenças entre os homens com Ejaculação Precoce e os demais em relação aos potenciais medulares de reflexo, vários estudos relatam que os homens com Ejaculação Precoce apresentam potenciais cerebrais (corticais) mais fortes ao estímulo dos nervos aferentes pudendos e períodos latentes mais curtos nos processos eferentes envolvidos nas contrações penianas que provocam a expulsão do esperma.

Além disso, devido ao fato de que muitos antidepressivos afetarem o funcionamento monoaminonérgico central e retardarem a ejaculação, foi postulado um importante papel para a serotonina e/ou a noradrenalina atuando centralmente. Enquanto estudos em animais fortemente sugerem um papel para os receptores serotonínérgicos (5-HT1 a) no período de latência ejaculatória, ainda não existe evidências neurofisiológicas diretas para apoiar um papel muito evante deste sistema na etiologia da Ejaculação Precoce em homens.

Vale a pena atentar a duas idéias enquanto o médico lida com um paciente com Ejaculação Precoce. Primeiro, semelhante a muitas disfunções sexuais, provavelmente não há uma causa única para a Ejaculação Precoce. Ao invés disso, este transtorno pode resultar de inúmeras causas diferentes e associadas. Segundo, na ausência de uma etiologia óbvia, seja somática ou psicológica, a Ejaculação Precoce provavelmente representa uma mistura de fatores psicogênicos e orgânicos. Talvez esta disfunção represente uma combinação de vulnerabilidades fisiológicas, tais como uma espécie de hiperresposta do reflexo medular, juntamente com determinadas condições psicológicas que interagem para estabelecer e manter a disfunção.

Este modelo pode ser entendido da seguinte forma: devido à ansiedade ou a algum outro estado emocional negativo, durante o ato sexual o equilíbrio normal entre os sistemas simpático e parassimpático não se desenvolveria ou seria seriamente perturbado. Este estado emocional negativo mudaria o controle do sistema parassimpático, normalmente dominante durante a fase de ereção, para o sistema simpático, normalmente dominante durante a fase ejaculatória. A predominância simpática sobre o parassimpático no início do ciclo sexual diminuiria o processo de ereção, ao mesmo tempo em que dispararia o processo ejaculatório precocemente.

A classificação da Ejaculação Precoce em vários ubtipos tem se baseado nas histórias de seu desenvolvimento e das características da resposta sexual. A maioria dos médicos é capaz de diferenciar uma Ejaculação Precoce permanente daquela adquirida, ou entre a Ejaculação Precoce limitada a determinadas situações específicas, ou a determinadas parceiras, daquela mais geral e iinespecífica.

Por causa disto, quando o paciente apresenta história de Ejaculação Precoce permanente e não específico à determinada situação ou parceira, pode-se suspeitar mais fortemente de uma causa mais biológica. Ao contrário, sabendo-se que a Ejaculação Precoce se desenvolveu recentemente, em situações específicas e conjuntamente com a disfunção erétil, pode-se sugerir a necessidade de enfocar problemas psicológicos.



- Ejaculação Precoce - in. PsiqWeb,

Este trabalho foi baseado prioritariamente em: Rowland David L., Cooper Stewart E., Slob A. Koos, O tratamento da ejaculação precoce... Traduzido pela Novartis, Drugs of Today, 1998, 34(10), 879-899.

Gleidson Marques CRP:13/3886 Psicólogo/Psicoterapêuta

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

PARA LIDAR COM A ANSIEDADE LEMBRE-SE: A.C.A.L.M.E.-S.E!!!!!!!


João Pessoa 04/09/2009

A chave para lidar com o seu estado de ansiedade é aceitá-la totalmente. Permanecer no presente e aceitar a sua ansiedade fazem-na desaparecer. Para lidar com o sucesso com a sua ansiedade você pode usar a estratégia A.C.A.L.M.E.-S.E., de oito passos. Usando-a, você está apto(a) a aceitara sua ansiedade até que ela desapareça.

Aceite a sua ansiedade. Um dicionário defini aceitar como "dar consentimento em receber". Concorde em receber a sua ansiedade em seu corpo. Mesmo que pareça absurdo a você no momento, não lute contra ela. Não a rejeite como algo insuportável ou perigoso. Substitua seu medo, raiva e rejeição por aceitação. Resistindo a isso você estará prolongando o seu sofrimento. Ao invés disso, flua com ela, desinteressando-se do que vá acontecer.

Contemple a sua ansiedade. Olhe para ela sem julgamento: nem boa, nem má. Apenas observe-a e avalie-a numa escala de 0 a 10. Veja como ela aumenta e diminui. Não se envolva com ela, seja apenas um observador desprendido. Lembre-se você não é a sua ansiedade. Quanto mais você poder se distanciar dela, para apenas observá-la melhor. Em resumo: esteja com ansiedade mas não seja ela.

Aja com sua ansiedade. Continue agindo como se você não estivesse ansioso(a). Diminua o ritmo, a velocidade com que você esteja fazendo suas coisas. Faça tudo bem devagar e mantenha-se ativo(a). Não se desespere, interrompendo tudo para fugir. Se você fugir, a sua ansiedade vai diminuir quando você chegar onde quer, mas o seu medo de fazer as coisas vai aumentar! Se você fizer isso, da próxima vez será pior! Se você continuar fazendo o que está fazendo, a sua ansiedade vai diminuir, dentro de pouco tempo. Continue agindo, bem devagar!

Libere o ar de seus pulmões. Respire bem devagar, calmamente, inspirando pouco ar pelo nariz e expirando longa e suavemente pela boca. Não sopre, apenas exale o ar lentamente. Descubra o ritmo ideal de sua respiração nesse estilo. Conte até 3 ao inspirar e até 6 ao expirar.

Mantenha os passos anteriores. Repita cada um, passo a passo. Continue a (1) aceitar a sua ansiedade; (2) contemplar a sua ansiedade; (3) fazer o que você fazia; e (4) respirar com calma e suavemente até ela diminuir e atingir um nível confortável. E isso vai acontecer se você continuar repetindo esses quatro passos; aceitar, contemplar, agir e respirar.

Examine seus pensamentos. Você deve estar pensando em coisas catastróficas, antecipando-as como se verdadeiramente elas fossem acontecer agora. Mas você sabe que elas não acontecem. Examine o que você está dizendo e reflita se o que você pensa e mesmo verdade: você tem provas do que você pensa? Há outras possibilidades de interpretar o que lhe está acontecendo? Lembre-se: você está apenas ansioso: isto é desagradável mas não é perigoso. Você pensa que está em perigo, mas o que você pensa pode não ser verdade, não é?

Sorria, você conseguiu! Você merece todo o crédito e todo o seu reconhecimento por ter esperado e testado suas antecipações. Você conseguiu com seus próprios recursos e seguindo estes passos. Você agora saberá como lidar melhor com esta situação quando ela acontecer de novo.

Espere o melhor. Livre-se do pensamento mágico de que você terá se livrado definitivamente da sua ansiedade. Ela é necessária para você viver a vida. Você sempre terá situações que provoquem ansiedade. O que importa é que você aprendeu a manejá-la. Você se tornou uma pessoa diferente agora: mais consciente, mais realista, mais conhecedora de suas capacidades, mais segura, mais confiante. Não se abata se, em outras ocasiões, você tiver dificuldades em manejá-las, pois toda aprendizagem é difícil.
Gleidson Marques
CRP 13/3886
Psicológo/Psicoterapêuta

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

MOTIVAÇÃO,TENHA UMA ATITUDE E SE REALIZE!!!!!


João Pessoa 02/09/2009



Passamos por testes de nossos limites e forças constantemente em nossas vidas. Estas situações ocorrem nas mais variadas formas. Passamos por avaliações profissionais onde colocamos à prova todas as nossas habilidades e competências, desenvolvendo um novo projeto, treinamento de uma nova equipe, obtendo um resultado maior do que o esperado ou em tempo inferior ao convencionalmente praticado. Passamos ainda por exames pessoais em que, de repente, em um momento maravilhoso de nossas vidas, sofremos a perda de alguém especial ou do emprego; não obtemos as promoções que desejávamos; decepcionamos-nos com alguém, com algum resultado ou com nossas próprias ações.
Enfrentamos determinados momentos onde alguns imaginam estarem trancados em um quarto escuro, sem uma porta ou janela para sair. Muitos ao se encontrarem neste “quarto escuro” acabam não querendo sair dele. Aceitam a escuridão como parte de seu novo mundo e convivem com ela como se não tivessem escolha. Acreditam que porque algo ocorreu de forma diferente à programada ou esperada não compensa tentar novamente buscar realizar seu sonho. Apegam-se a um sofrimento doloroso.
Obviamente, toda perda seja ela qual for não é o desejado nem admirado por qualquer pessoa. Porém, apegar-se à perda, ao fracasso, ao desânimo, à frustração, não construirá nenhuma realização positiva.
Aprendemos com nossos erros. Descobrimos e inventamos coisas, sensações e situações desde que nascemos. Não é porque levamos os primeiros tombos enquanto estamos aprendendo a andar que desistimos de aprender a andar e rapidamente já queremos correr e descobrir a imensidão do mundo. Não é porque um trem descarrilou que nunca mais ele ou a linha dele será utilizada novamente. O trem com certeza será consertado e novamente utilizado na mesma linha e seguirá seu destino em razão de sua criação. Não é porque um atleta deixa de ganhar o primeiro lugar durante os primeiros anos de competição que deixará de competir. Treinará cada vez mais verificará seus erros, suas vantagens e fará o possível sempre para vencer.
O importante não é a quantidade de vitórias obtidas, mas sim a determinação pelo esforço em vencer, em se realizar, em lutar por algo que realmente acredita! Recentemente, durante uma palestra, perguntei ao público quem deixou de conseguir algo que realmente desejava. Mais de 100 pessoas levantaram as mãos. Em seguida, ao perguntar quantos realmente haviam se esforçado com determinação para realizar aquele desejo e com força de vontade até sua última gota de suor. Apenas três pessoas levantaram as mãos novamente.
É comum comentarmos que não obtivemos êxito em uma coisa ou outra, mas é incomum aceitarmos que realmente faltou um pouco mais de determinação para conseguir. É comum nos apegarmos ao passado quando deveríamos viver o presente para poder assim definir como será seu futuro. Kotler afirmou que “a melhor maneira de prever o futuro é criá-lo”. E com toda razão. O futuro não é um amanhã totalmente desconhecido. Parte dele será modelado de acordo com suas escolhas e atitudes. Suas opções profissionais, pessoais, amorosas, religiosas, políticas, dependem única e exclusivamente de cada um de nós e não de decisões que outras pessoas possam fazer.
Atitude é tudo. Suas escolhas dependem dela. Comentar um dia as famosas frases “se eu tivesse feito”, “eu bem que podia ter ido”, “quase fui atrás” ou “se eu soubesse que ia dar certo” não trarão o passado de volta e não construirão um novo presente ou futuro. Aja! Tenha atitude. Só se sabe o que conseguirá a partir do momento que corre algum risco. Que se crie algo novo, que saia da rotina, que faça o que realmente deseja. Se não der certo, temos oportunidades de fazer novamente de um jeito diferente, até conseguir.
O importante é fazer algo que realmente acredita, pois se você confia é porque verdadeiramente irá dar certo, que será obtido, que será realizado e que o sucesso acontecerá. Acreditamos naquilo que desejamos, que amamos e que lutamos. Acreditar é viver. Viver é construir. E para se construir, é preciso realizar e ter atitude.
Sorria, viaje, passe mais tempo com sua família, abrace seu amigo, demonstre seu amor por alguém e por você, estude mais, invista em seu potencial, valorize-se, inove e viva intensamente. Você pode conseguir muito mais! Você pode realizar-se ainda mais! Você é um vencedor; basta querer assumir sua vitória através de um pequeno passo: Atitude!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Depressão


João Pessoa 22/07/09


Depressão é uma palavra freqüentemente usada para descrever nossos sentimentos. Todos se sentem "para baixo" de vez em quando, ou de alto astral às vezes e tais sentimentos são normais. A depressão, enquanto evento psiquiátrico é algo bastante diferente: é uma doença como outra qualquer que exige tratamento. Muitas pessoas pensam estar ajudando um amigo deprimido ao incentivarem ou mesmo cobrarem tentativas de reagir, distrair-se, de se divertir para superar os sentimentos negativos. Os amigos que agem dessa forma fazem mais mal do que bem, são incompreensivos e talvez até egoístas. O amigo que realmente quer ajudar procura ouvir quem se sente deprimido e no máximo aconselhar ou procurar um profissional quando percebe que o amigo deprimido não está só triste.
Uma boa comparação que podemos fazer para esclarecer as diferenças conceituais entre a depressão psiquiátrica e a depressão normal seria comparar com a diferença que há entre clima e tempo. O clima de uma região ordena como ela prossegue ao longo do ano por anos a fio. O tempo é a pequena variação que ocorre para o clima da região em questão. O clima tropical exclui incidência de neve. O clima polar exclui dias propícios a banho de sol. Nos climas tropical e polar haverá dias mais quentes, mais frios, mais calmos ou com tempestades, mas tudo dentro de uma determinada faixa de variação. O clima é o estado de humor e o tempo as variações que existem dentro dessa faixa. O paciente deprimido terá dias melhores ou piores assim como o não deprimido. Ambos terão suas tormentas e dias ensolarados, mas as tormentas de um, não se comparam às tormentas do outro, nem os dias de sol de um, se comparam com os dias de sol do outro. Existem semelhanças, mas a manifestação final é muito diferente. Uma pessoa no clima tropical ao ver uma foto de um dia de sol no pólo sul tem a impressão de que estava quente e que até se poderia tirar a roupa para se bronzear. Este tipo de engano é o mesmo que uma pessoa comete ao comparar as suas fases de baixo astral com a depressão psiquiátrica de um amigo. Ninguém sabe o que um deprimido sente, só ele mesmo e talvez quem tenha passado por isso. Nem o psiquiatra sabe: ele reconhece os sintomas e sabe tratar, mas isso não faz com que ele conheça os sentimentos e o sofrimento do seu paciente.

Como é?
Os sintomas da depressão são muito variados, indo desde as sensações de tristeza, passando pelos pensamentos negativos até as alterações da sensação corporal como dores e enjôos. Contudo para se fazer o diagnóstico é necessário um grupo de sintomas centrais:

* Perda de energia ou interesse
* Humor deprimido
* Dificuldade de concentração
* Alterações do apetite e do sono
* Lentificação das atividades físicas e mentais
* Sentimento de pesar ou fracasso

Os sintomas corporais mais comuns são sensação de desconforto no batimento cardíaco, constipação, dores de cabeça, dificuldades digestivas. Períodos de melhoria e piora são comuns, o que cria a falsa impressão de que se está melhorando sozinho quando durante alguns dias o paciente sente-se bem. Geralmente tudo se passa gradualmente, não necessariamente com todos os sintomas simultâneos, aliás, é difícil ver todos os sintomas juntos. Até que se faça o diagnóstico praticamente todas as pessoas possuem explicações para o que está acontecendo com elas, julgando sempre ser um problema passageiro.


Outros sintomas que podem vir associados aos sintomas centrais são:

* Pessimismo
* Dificuldade de tomar decisões
* Dificuldade para começar a fazer suas tarefas
* Irritabilidade ou impaciência
* Inquietação
* Achar que não vale a pena viver; desejo de morrer
* Chorar à-toa
* Dificuldade para chorar
* Sensação de que nunca vai melhorar, desesperança...
* Dificuldade de terminar as coisas que começou
* Sentimento de pena de si mesmo
* Persistência de pensamentos negativos
* Queixas freqüentes
* Sentimentos de culpa injustificáveis
* Boca ressecada, constipação, perda de peso e apetite, insônia, perda do desejo sexual

A identificação da depressão
Para afirmarmos que o paciente está deprimido temos que afirmar que ele sente-se triste a maior parte do dia quase todos os dias, não tem tanto prazer ou interesse pelas atividades que apreciava, não consegue ficar parado e pelo contrário movimenta-se mais lentamente que o habitual. Passa a ter sentimentos inapropriados de desesperança desprezando-se como pessoa e até mesmo se culpando pela doença ou pelo problema dos outros, sentindo-se um peso morto na família. Com isso, apesar de ser uma doença potencialmente fatal, surgem pensamentos de suicídio. Esse quadro deve durar pelo menos duas semanas para que possamos dizer que o paciente está deprimido.

No CID-10,F32 Episódios depressivos
Nos episódios típicos de cada um dos três graus de depressão: leve, moderado ou grave, o paciente apresenta um rebaixamento do humor, redução da energia e diminuição da atividade. Existe alteração da capacidade de experimentar o prazer, perda de interesse, diminuição da capacidade de concentração, associadas em geral à fadiga importante, mesmo após um esforço mínimo. Observam-se em geral problemas do sono e diminuição do apetite. Existe quase sempre uma diminuição da auto-estima e da autoconfiança e freqüentemente idéias de culpabilidade e ou de indignidade, mesmo nas formas leves. O humor depressivo varia pouco de dia para dia ou segundo as circunstâncias e pode se acompanhar de sintomas ditos "somáticos", por exemplo perda de interesse ou prazer, despertar matinal precoce, várias horas antes da hora habitual de despertar, agravamento matinal da depressão, lentidão psicomotora importante, agitação, perda de apetite, perda de peso e perda da libido. O número e a gravidade dos sintomas permitem determinar três graus de um episódio depressivo: leve, moderado e grave.
Inclui:
episódios isolados de (um) (uma):
· depressão:
· psicogênica
· reativa
· reação depressiva

Causa da Depressão
A causa exata da depressão permanece desconhecida. A explicação mais provavelmente correta é o desequilíbrio bioquímico dos neurônios responsáveis pelo controle do estado de humor. Esta afirmação baseia-se na comprovada eficácia dos antidepressivos. O fato de ser um desequilíbrio bioquímico não exclui tratamentos não farmacológicos. O uso continuado da palavra pode levar a pessoa a obter uma compensação bioquímica. Apesar disso nunca ter sido provado, o contrário também nunca foi.
Eventos desencadeantes são muito estudados e de fato encontra-se relação entre certos acontecimentos estressantes na vida das pessoas e o início de um episódio depressivo. Contudo tais eventos não podem ser responsabilizados pela manutenção da depressão. Na prática a maioria das pessoas que sofre um revés se recupera com o tempo. Se os reveses da vida causassem depressão todas as pessoas a eles submetidos estariam deprimidas e não é isto o que se observa. Os eventos estressantes provavelmente disparam a depressão nas pessoas predispostas, vulneráveis. Exemplos de eventos estressantes são perda de pessoa querida, perda de emprego, mudança de habitação contra vontade, doença grave, pequenas contrariedades não são consideradas como eventos fortes o suficiente para desencadear depressão. O que torna as pessoas vulneráveis ainda é objeto de estudos. A influência genética como em toda medicina é muito estudada. Trabalhos recentes mostram que mais do que a influência genética, o ambiente durante a infância pode predispor mais as pessoas. O fator genético é fundamental uma vez que os gêmeos idênticos ficam mais deprimidos do que os gêmeos não idênticos.
Gleidson Marques Silva
Psicólogo/psicoterapêuta
CRP:13/3886

quarta-feira, 15 de julho de 2009

A Mudança só se Dá na Continuidade.................


A Mudança só se Dá na Continuidade

Dirigirmo-nos a alguém com a missão de que se transforme noutro, é irmos com a embaixada de que ele deixe de ser ele. Cada qual defende a sua personalidade, e só aceita uma mudança na sua maneira de pensar ou de sentir, na medida em que esta alteração possa entrar na unidade do seu espírito e enredar-se na sua continuidade; na medida em que essa mudança se puder harmonizar e se conseguir integrar com tudo o resto da sua maneira de ser, pensar e sentir, e possa, por outro lado, enlaçar-se nas suas recordações. Nem a um homem, nem a um povo - que, em certo sentido, também é um homem - se pode exigir uma mudança, que desfaça a unidade e a continuidade da sua pessoa. Pode-se mudá-lo muito, quase até por completo; mas sempre, dentro da continuidade.

É certo que, em certos indivíduos, acontece aquilo a que se chama mudança de personalidade; mas isso é um caso patológico, e é como tal que os psiquiatras o estudam. Nessas alterações de personalidade, a memória, base da consciência, arruina-se por completo e, ao pobre paciente, só resta, como substracto de continuidade individual - já que não pessoal -, o organismo físico. Tal enfermidade equivale à morte para o sujeito que dela padece; para os que não equivale à sua morte é para os seus herdeiros, se tiver bens de fortuna: e essa enfermidade não é senão uma revolução, uma verdadeira revolução.

Miguel de Unamuno, in 'Do Sentimento Trágico da Vida'

Gleidson Marques Silva
Psicólogo/Psicoterapêuta
CRP/13/3886