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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A Idade de Ser Feliz!!!!

João Pessoa 31/08/2011

Existe somente uma idade para a gente ser feliz,
somente uma época na vida de cada pessoa
em que é possível sonhar e fazer planos
e ter energia bastante para realizá-las
a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.

Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente
e desfrutar tudo com toda intensidade
sem medo, nem culpa de sentir prazer.

Fase dourada em que a gente pode criar
e recriar a vida,
a nossa própria imagem e semelhança
e vestir-se com todas as cores
e experimentar todos os sabores
e entregar-se a todos os amores
sem preconceito nem pudor.

Tempo de entusiasmo e coragem
em que todo o desafio é mais um convite à luta
que a gente enfrenta com toda disposição
de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO,
e quantas vezes for preciso.

Essa idade tão fugaz na vida da gente
chama-se PRESENTE
e tem a duração do instante que passa.

Autor desconhecido
Gleidson Marques Silva
CRP 13/3886
Psicólogo/Psicoterapêuta

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Jornada de 30 horas: boa para os psicólogos e para a sociedade!!!!!

Jornada de 30 horas: boa para os psicólogos e para a sociedade




Cuidando da profissão | entrevista Rogério Giannini









Fonte: elo7.com.br

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) em conjunto com a Federação Nacional dos Psicólogos (FenaPsi) elaborou manifesto pela redução da jornada de trabalho dos profissionais da Psicologia para 30 horas semanais (veja logo acima). A iniciativa ganha força a partir da recente aprovação do PLC 152/2008, que garantiu jornada de 30 horas para os assistentes sociais. Na entrevista a seguir, o presidente do Sindicato dos Psicólogos de São Paulo (SinPsi), Rogério Giannini, explica porque a jornada de 30 horas interessa à população – e por isso conta com o apoio do Sistema Conselhos; responde a questionamentos de psicólogos em relação ao tema e aponta as estratégias a serem encaminhadas junto ao Congresso Nacional para a aprovação de lei nesse sentido.


Jornada de 30 horas
Boa para os psicólogos e para a sociedade

PSI – Como está sendo tratada a questão da redução da jornada dos psicólogos pelo sindicato?
Rogério Giannini - Não é de hoje que os psicólogos estão envolvidos com a questão da redução da jornada. Há um projeto, o 1.858, que tramita no Congresso Nacional desde 1992. Ocorre que, ao longo desse período, diversas situações travaram o avanço dessa proposta. Para dar um breve histórico: o projeto 1.858 chegou a passar pela Câmara e pelo Senado. Nesse processo, sofreu emendas incorporando uma série de pontos que geravam discussão. Por exemplo, tratava de jornada de trabalho e de piso salarial no mesmo projeto. O resultado é que, em 2005, por acordo de líderes, esse projeto foi arquivado. Ainda existe, mas está, como se diz, na gaveta.




PSI – O que ocorreu de lá para cá?
Rogério Giannini - Em 2008, numa iniciativa sem articulação com as entidades da Psicologia, o deputado Felipe Bornier, do Rio de Janeiro, apresentou um projeto, o PL 3.338/08, propondo uma jornada semanal de 24 horas. Como se isso não bastasse, o deputado Eudes Xavier, do Ceará, que fez a relatoria na Comissão de Serviço Público, retirou as 24 horas do projeto e substituiu por “negociação” feita em acordo ou convenção coletiva de trabalho, sob a alegação de que estipular a jornada seria inconstitucional! A aprovação do projeto dos assistentes sociais mostra que essa avaliação não se sustenta e nos ajuda a retomar a luta pela jornada de 30 horas.

PSI – Qual a situação atual?
Rogério Giannini - O projeto deixou a Câmara e foi para o Senado, sob o número 150/09 e lá se encontra na primeira Comissão Legislativa, Comissão de Assuntos Sociais. Para a relatoria foi indicada a Senadora Lucia Vânia (PSDB/GO), que está examinando o processo. Isso nos deixa dois caminhos. Ou atuamos para “enterrar” esse projeto e então apresentar um novo, na mesma linha do projeto da Assistência Social, ou procuramos reformular o projeto já existente, alterando para 30 horas. A vantagem desse segundo caminho é que o projeto voltaria para a Câmara, mas já aprovado pelo Senado. Seria, portanto, um caminho mais curto. Entendo que os manifestos que estamos encaminhando aos senadores podem contribuir para recolocar o projeto 150/09 em sintonia com a proposta de 30 horas.

PSI – O sindicato tem sofrido críticas por sua atuação nessa área?
Rogério Giannini – Tenho ouvido duas críticas de forma bastante frequente. Uma delas é a de que todos os profissionais da área da Saúde têm jornadas regulamentadas por lei, menos os psicólogos. Não é verdade. Até a aprovação, agora, da lei beneficiando os assistentes sociais, somente uma das treze categorias profissionais da Saúde, a dos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, tinha limite de jornada. Fizemos questão de publicar a tabela dessas 13 categorias no site do Sindicato para mostrar isso. Vale lembrar, por sinal, que desde 1994, quando foi aprovado projeto beneficiando os fisio/ TOs, nenhum projeto de lei tinha vingado nesse sentido.

PSI – E a segunda crítica?
Rogério Giannini - Muitas pessoas me perguntam como uma profissão que acabou de ser criada já tem jornada regulamentada e os psicólogos, cuja profissão já existe há tanto tempo, não têm? Trata-se de um equívoco. A primeira regulamentação da Assistência Social é de 1945. O que acontece é que, em 1993, essa regulamentação foi reformulada. O curioso é que se criou um certo clima de desânimo na categoria, quando deveria ser o contrário. Brincando um pouco, eu diria que é a síndrome do segundo lugar. Eu digo exatamente o oposto. Que bom que os assistentes sociais tiveram sucesso. Isso vai fortalecer as nossas chances de conseguir também. Que justificativa terá um deputado, que votou a favor da lei de 30 horas para os assistentes sociais, para não votar a favor de proposta semelhante para os psicólogos?

PSI – As 30 horas interessam apenas aos psicólogos?
Rogério Giannini - Não, essa não é uma questão de caráter meramente corporativo. Quando se regula jornada está se falando de condições de trabalho. Não se trata, simplesmente, de “trabalhar menos” ou de “aumentar postos de trabalho”. O fato é que há profissões nas quais o prolongamento da jornada acarreta perda da eficiência. Trabalhar mais de seis horas por dia, em condições que exigem elevada atenção intelectual, como é o caso do psicólogo, leva a isso. O que remete à questão da qualidade do serviço prestado à população. Essa qualidade precisa se manter uniforme do começo ao fim da jornada. É por esse motivo, por sinal, que o Sistema Conselhos de Psicologia se manifesta sobre a questão. Porque é dever da entidade zelar pela qualidade no exercício da profi ssão.

PSI – Que tipo de resistência enfrenta um projeto dessa natureza?
Rogério Giannini – As resistências costumam surgir dos gestores públicos: prefeitos, secretários de saúde e representantes do Ministério da Saúde. Os serviços de Saúde no Brasil ainda têm um corte muito fordista/taylorista, aquela coisa de linha de produção. O foco se concentra em dar conta da fila de pessoas que acorrem ao serviço de saúde, ficando em segundo plano um olhar mais amplo, sobre as condições epidemiológicas em um dado território, por exemplo. Ou seja: se eu tenho um atendimento a cada meia hora, em 40 horas semanais eu tenho 80 atendimentos; em 30 horas, eu tenho 60 atendimentos. O que diz o gestor? “Essa conta não fecha. Sou contra”. Assim, o desafio é rever essa forma de trabalhar, é mudar a organização do trabalho, colocando o foco no interesse da população.

PSI – O que fazer agora?
Rogério Giannini - É fundamental manter o clima de mobilização da categoria para os parlamentares darem prioridade à nossa causa. Os mais de 15 mil manifestos enviados aos deputados e senadores é uma excelente “porta de entrada” para as entidades negociarem. Só em São Paulo, hoje já somos mais de 80 mil psicólogos. É uma força social considerável. Também somos 20 sindicatos estaduais e temos uma entidade sindical nacional, a FenaPsi, estruturada e com condições de, junto com as demais entidades da psicologia, capaz de levar essa luta. Temos boas chances de vitória.

*Retirado do CRP/SP

** Agradecimentos a Eduardo Nogueira pelo repasse

Boa tarde,
Gleidson Marques Silva
CRP 13/3886
Psicólogo/Psicoterapêuta.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Além da Psicologia!!!!!

Trabalhar como terapeuta na visão do Osho tem sido uma tremenda experiência de aprendizado para mim. Gostaria de compartilhar um pouco do que compreendi nesses vinte anos trabalhando tão próximo de um Mestre de meditação.

Existe um mapa simples que sempre norteia o meu trabalho de terapia. Neste mapa a primeira camada, a mais superficial, é composta pelo complexo corpo-mente. Na segunda camada, mais interna, se encontram todos os processos emocionais, as dores, os traumas, as feridas, e todos os tipos de repressões psico-emocionais. Entre essas duas camadas encontramos uma camada intermediária de resistências e estratégias de defesa que objetivam evitar sentir as dores e as feridas. Na quarta camada encontramos os sentimentos puros, ou sentimentos primários. No centro desse mapa encontramos a nossa essência que contêm qualidades como leveza, paz interior, vazio, silêncio, preenchimento... Osho gosta de chamar esse espaço de estado meditativo ou simplesmente de meditação.

Compreender esse mapa ajuda bastante entender o que é ser um terapeuta do Osho que, na minha visão, é aquele que faz tudo, ou não faz nada, em certos momentos, com a consciência focada no centro, presente no seu espaço meditativo.

Osho foi perguntado sobre se podemos resolver nossos problemas indo fundo na meditação ou temos necessidade de voltar ao passado através de uma gama enorme de terapias que conhecemos. Ele respondeu: “Primeiro, não há necessidade absoluta de voltarmos ao passado. Se você realmente medita, tudo será automaticamente resolvido. Mas, se sua meditação não está indo bem, então voltar ao passado pode ser de grande ajuda. (...) Então isto resolverá as dificuldades da meditação, mas isso é um fenômeno secundário e complementar.” Um pouco depois ele diz: “... se um bloqueio vem e você não pode ultrapassar, significa que seu passado está muito entulhado – você terá que voltar ao passado”.

Se observarmos, Osho está sempre visando abrir espaço interno para a meditação. O terapeuta do Osho não quer simplesmente tratar da sua cabeça, do seu ego, nem melhorar o seu corpo. Ele está sempre de olho no centro, na expansão do seu espaço meditativo.

Mas, voltando ao nosso mapa. Existem terapias que trabalham focadas no corpo. Quando bem feitas, elas ajudam, pois podem liberar tensões e nós físicos permitindo uma liberação da bioenergia. Um bom exemplo dessa terapia é a Bioenergética de Alexander Lowen e as massagens em geral, que movem, quando bem executadas, a primeira camada.

O mesmo acontece quando trabalhamos com os processos psíquicos. Mudar alguns padrões psíquicos e condicionamentos mentais ajuda a destravar energias psíquicas que encontram-se congeladas. É bom ressaltar que isto acontece com poucas e boas psicoterapias. A maioria das psicoterapias continua patinando no gelo. Isto é, passam anos sem sair do lugar. Osho compara esses psicoterapeutas com os padres de antigamente. A sala de psicoterapia ocupa atualmente o lugar do confessionário.

Existem outras terapias que atingem o segundo plano, ou nível emocional. Nesse plano estão as modernas terapias, como o Renascimento, as hipnoses, PNL, Regressão, Avatar e muitas outras. Elas visam chegar à origem dos traumas e curá-los. Quando bem aplicadas elas podem levar a espaços de meditação e relaxamento, mas muitas delas trabalham simplesmente com a reprogramação mental. O Renascimento de Leonard Orr, por exemplo, utiliza o pensamento positivo como principal ferramenta. A PNL e o Avatar usam métodos de reprogramação que são úteis quando queremos atingir determinadas metas no plano material, mas me parecem inúteis quando a meta é o amor ou a meditação.

Então, que ferramentas utiliza um terapeuta do Osho? A resposta é simples, não importa a ferramenta, o que importa é a consciência de quem a utiliza. Sabemos que na Osho Multiversity ainda hoje são utilizadas dezenas de modernas técnicas de terapia, que sob a supervisão do próprio Osho foram se transformando em verdadeiros diamantes prontos para operar os mais profundos cânceres da alma, com uma única compreensão, a compreensão da meditação.

Uma outra característica do terapeuta do Osho é que ele próprio vivenciou profundos processos internos de alquimia e meditação e transformou o seu próprio ser num laboratório para sua própria pesquisa, até o momento que ele se sentiu pronto para experimentar no laboratório do outro. Ser terapeuta do Osho é olhar o outro como a si mesmo. É compreender que estamos no mesmo barco e o que eu tenho a mais do que aquele que me pede ajuda é uma ferramenta associada a uma compreensão do que já vivi. Nossos problemas e nossa essência são absolutamente os mesmos.

Mergulhar na quarta camada, a dos sentimentos primários, como a dor e o abandono, por exemplo, somente pode ser facilitada se o terapeuta já tiver tido experiências semelhantes. Pois esse é o espaço que é rodeado pelo odor da morte psicológica. E é exatamente aí onde acontece o mergulho que vai levá-lo diretamente ao vazio e onde é possível experimentarmos espaços profundos de transformação.

Penetrar nesses espaços conscientemente é conhecer a chamada experiência mística, transcendental, é ir além da mente, além da psicologia, além da terapia. É ter a experiência do divino, do uno, do imortal. Ou dito de forma simples experimentar a meditação.

Gostaria de encerrar com a resposta que Osho deu a um terapeuta que se sentia frustrado quando o cliente abandonava a terapia antes dele sentir que o paciente estava pronto para partir e completa perguntando se ele está querendo brincar de Deus, interferindo com a forma que as pessoas querem viver suas vidas. E Osho responde:

“Não precisa temer porque você está brincando de Deus. Muitos estão fazendo isto. Ninguém tem o direito de fazer isto. O melhor que você pode fazer é não brincar de Deus, mas ser um amigo verdadeiro.

O terapeuta tem que ser um amigo verdadeiro. Ele tem que mostrar sua compaixão, seu amor, sua compreensão. Ele tem que fazer com que o paciente sinta que pela primeira vez ele está sendo respeitado como individuo, como um ser humano. Se você começa a brincar de Deus ele é humilhado novamente. Isto é o que ele vem sofrendo por toda a vida no mundo. (...)

Um terapeuta tem que ser humilde, tem que ser um amigo. Ele não é um padre. Ele não está lá para ditar sua vida. Ele está lá simplesmente para ficar a seus pés. Ele não tem que andar por você. Se você cai, ele está lá para ajudá-lo a se levantar novamente. Mas você tem que andar por si mesmo. Todo mundo tem que andar por si mesmo.” (Osho).

por Sw. Ashara

Gleidson Marques Silva
CRP 13/3886

Psicólogo/Psicoterapêuta

Bom Fim de Semana pra quem passar!!!
Luz e paz nos nossos corações e muito equilibrio nosso planeta precisa e as pessoas!!!!!



quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Abra o seu coração !!!!!!!

Osho,
Na maior parte da minha vida, eu me mantive à distância, separado e isolado, e, assim, eu tenho estado protegido das pessoas e situações.
O meu medo mais íntimo sempre foi o de abrir meu coração totalmente. O vasto amor que eu sinto poderia derramar-se como água de um poço transbordando e seria perdido, desviado ou rejeitado.
Minha essência é como uma flor delicada e se ela florescesse num terreno errado ela poderia com facilidade ser maldosamente machucada ou destruída. Este é o meu medo. Seria este o tempo e o lugar para abrir o meu coração totalmente?

"Tom Cassidy,
Este é um dos medos mais básicos de todos os seres humanos. Este é o medo que tem dado origem aos monges e às freiras. Todo o passado da humanidade foi dominado por esse medo, como um câncer da alma.
Parece muito lógico que, se você compartilhar o seu amor, ele será desperdiçado e logo você ficará infeliz. Essa é a lei comum da economia: se você quiser ter mais dinheiro, não o compartilhe, seja miserável. Ganhe o tanto que você conseguir e dê o mínimo possível. Somente assim você consegue acumular e ficar rico.
Isso é verdadeiro no que se refere ao mundo exterior, mas é absolutamente falso quanto ao mundo interior; ali funciona uma lei totalmente diferente. A lei interna é: se você não dá, você perde; se você dá, você conserva. Quanto mais você dá, mais você tem. Quanto menos você dá, menos você tem. Se você não der nada, nada terá, ficará completamente vazio, um túmulo, e dentro do túmulo não há qualquer possibilidade de uma flor desabrochar. As flores necessitam do sol, da chuva, do vento, das estrelas, do céu, dos pássaros. Por mais delicada que ela seja, ela necessita abrir-se para a existência. Em tal abertura, a fragrância é liberada, o esplendor que estava preso é liberado.
Tom, você é basicamente um monge. A palavra monge é significativa; ela quer dizer 'aquele que vive uma vida solitária', aquele que vive uma vida sem relacionamentos, sem relações, sem amar, sem compartilhar; aquele que vive uma vida sem janelas, fechado por todos os lados, completamente fechado em si mesmo devido ao medo de que, se abrir, quem sabe o que acontecerá com seu coração sensível, com seu delicado ser interior? Ele tem medo de rejeição, medo de situações, medo do desconhecido. Ele se agarra a si mesmo, mas esse agarrar só lhe traz morte. Ele pode seguir arrastando-se por anos, mas isto não é vida, isto é suicídio lento.
A própria palavra monge quer dizer aquele que decidiu viver uma vida solitária. Da mesma raiz vem monastério, onde as pessoas vivem solitariamente. Da mesma palavra vêm outras como monopólio, monotonia, monogamia.



Failure - Osho Neo Tarot
Tentar viver por si mesmo, desconectado dos outros, é a idéia mais perigosa que alguém pode ter, e uma vez que ela começa a tomar um colorido religioso, fica muito difícil livrar-se dela, pois ela satisfaz o seu ego, ela alimenta tudo o que é errado em você e destrói tudo o que é belo em você.
Dentro de um túmulo não há qualquer possibilidade de rosas desabrocharem, mas existe a possibilidade de cobras, escorpiões e aranhas; tudo o que é feio e venenoso. Se o túmulo está completamente fechado, o seu próprio ar se torna veneno.
E milhões de pessoas estão vivendo a vida de monges e freiras. Elas podem não ter ido para o monastério, elas podem estar vivendo com suas esposas e filhos, mas estão fechadas. Eles podem estar vivendo no mundo, mas se protegendo muito, sempre cautelosas e calculando, para que suas vidas não tenham qualquer alegria, dança ou canção.


É preciso um pouco de coragem para fazer da vida uma celebração.
Você diz, Tom: Na maior parte da minha vida, eu me mantive à distância...
Você tem sido um suicida! Vida significa estar junto, com a existência, com as árvores, com os rios, com as pedras, com as pessoas, com os animais, com tudo o que é. A única maneira de tornar a sua vida rica é relacionar-se com ela multidimensionalmente. Quanto mais você se relaciona, mais multidimensional você é, mais rico você é, mais você cresce e desabrocha.
Ainda há tempo. Abandone esta idéia estúpida de estar à distância, separado e isolado. Isto você pode fazer depois que morrer! Então você terá tempo, mais do que suficiente. Pelo seu nome, parece que você é um cristão. Então, até o dia do julgamento final, você terá tempo mais do que suficiente. Você poderá viver como um monge em seu túmulo, e você poderá guardar a bíblia e o rosário com você. Mas enquanto você estiver vivo, enquanto esta imensa oportunidade estiver sendo dada a você, viva-a, alegre-se com ela.
Jesus disse repetidas vezes aos seus discípulos, 'alegrai-vos, alegrai-vos! novamente alegrai-vos!' Jesus não era um monge, ele era um homem vivo. Ele viveu com todo tipo de pessoas, os jogadores, os bêbados, as prostitutas, os pecadores, os cobradores de impostos. Ele viveu - e não com a idéia de que era 'mais santo do que você'; ele viveu com grande amizade. Ele gostava das festas que se prolongavam, das danças e da música. E, acredite, ele não estava constantemente evangelizando, ele fazia fofocas também. E ele bebia, ele gostava de vinho - e ele compartilhava isso com seus discípulos. O jejum não era o seu caminho, mas sim a festa.
Não seja monacal. Ser um homem é uma oportunidade tão grande que não há necessidade alguma de desperdiçá-la. E lembre-se de uma coisa: as coisas das quais você tem medo... de abrir meu coração totalmente. O vasto amor que eu sinto poderia derramar-se como água de um poço transbordando...
Por quem você está sentindo esse vasto amor? Só por você mesmo? Porque amar significa ter uma direção, um objeto. O amor é sempre endereçado a alguém. A quem o seu amor é endereçado? Você é como um envelope ainda não aberto: você nem mesmo leu o que está escrito na carta, você nem sabe se existe uma carta dentro ou se está simplesmente carregando um envelope vazio. A não ser que abra o envelope, você nunca saberá. Abra-o!
E lembre-se, o poço nunca se esgota porque no fundo ele é conectado ao oceano. O oceano está continuamente alcançando-o em pequenas nascentes. Na verdade, se você não tirar água do poço, ele morrerá, porque as nascentes não serão mais necessárias e ficarão bloqueadas. Não sendo usadas, elas perderão a sua função, e a velha água se tornará estragada e morta, talvez venenosa. É bom para o poço que sua água seja tirada. Quanto mais água você tirar, mais correntes de água fresca chegarão ao poço. O poço não está desconectado da existência.
Certamente o seu coração é um poço. Se ele for mantido fechado, você não captará a energia do universo fluindo para você. Continue se esvaziando e você ficará surpreso: quanto mais se esvaziar, mais cheio você ficará.
Por isto é que Gautama, o Buda, enfatiza a palavra shunya, zero. Torne-se um zero! Se você quiser tornar-se cheio, a sua mensagem é, simplesmente se torne vazio, um nada, só espaço, puro espaço, um espaço sem limites contendo nada. Apenas esvazie-se totalmente e, você não será capaz de acreditar, um milagre acontece.
Quando você está totalmente vazio, a existência toda entra em você. Todas as estrelas estão dentro de você, assim como o sol e a lua. De repente você se vê tão vasto quanto o universo.
Ser nada é a única maneira de ser tudo. Ser ninguém é a única maneira de ser divino. O vazio traz o divino.
E não se preocupe com seu amor ficando perdido; nada jamais é perdido. O mundo sempre contém a mesma quantidade de tudo, nem mais nem menos. Isso agora é um fato científico: não existe um simples átomo a menos ou a mais do que o que sempre existiu. A quantidade do universo permanece absolutamente a mesma, pois de onde alguma coisa nova pode vir? A existência compreende tudo, não existe 'algum outro lugar'. E para que outro lugar qualquer coisa pode ir? Não existe outro lugar para se ir, assim, nada jamais é perdido. Talvez possa demorar um pouco mais para se alcançar a pessoa certa, mas sempre se alcança.

Cante a canção e não se preocupe! Ela alcançará a pessoa certa no tempo certo. Se não for hoje, será amanhã, se não for nesta sua vida, então em algum outro tempo. Mas ela alcançará, com certeza. Ela sempre encontra a pessoa certa que pode absorvê-la. Simplesmente cante a canção. Não se preocupe com quem ela irá alcançar; toda a sua preocupação deve ser: cantar com totalidade, e isso é tudo. Mais do que isso, não é exigido de ninguém. Não lhe cabe saber se ela será ouvida ou não.
Quando uma flor nasce no meio de uma selva, ela não está preocupada se alguém vai passar por ali, 'para conhecer a linda fragrância que ela está liberando', ela simplesmente libera a fragrância. Se ela alcançar alguém para cheirá-la, ótimo; se ela não alcançar, qual o problema? A flor desabrochou, ela se ofereceu ao universo. Agora fica por conta do universo fazer o que quiser com ela.
The Journey - Osho Transformation Tarot


Nada jamais é perdido, desviado ou rejeitado.
Mas as pessoas se sentem muitas vezes rejeitadas porque antes mesmo delas darem algo, já existe a expectativa. Se sua expectativa não for satisfeita, elas se sentem rejeitadas. É a expectativa que está criando problema, não o amor.
Dê o amor sem qualquer corda amarrando-o. Dê o amor pelo puro prazer de dar. Alegre-se dando-o.
O pássaro cuco ao cantar distante, não se preocupa se alguém está gostando ou não. A estrela distante - você pensa que ela está preocupada se um poeta está escrevendo um belo poema sobre ela ou se um Vicent van Gogh está pintando-a, ou se um fotógrafo ou um astrônomo estão preocupados com ela? A estrela não está interessada nisso. A sua alegria está em continuar brilhando.
Simplesmente abra o seu coração, Tom Cassidy. E abra-o totalmente, sem quaisquer expectativas e condições. É certo que ele alcançará o coração certo; isto sempre acontece.
Quando eu comecei a cantar a minha canção, não havia ninguém para ouvi-la. Depois as pessoas começaram a chegar. Eu fiquei surpreso: como elas ouviram? Por que essas pessoas continuam vindo? De todas as direções, de todo o mundo as pessoas começaram a vir. Como você chegou aqui? E eu não estava esperando que alguém viesse. Eu estava simplesmente cantando a minha canção, eu estava desfrutando isso.
Há poucos dias um sannyasin perguntou, 'Osho, eu tive um sonho: eu estava sentado sozinho no Buddha Hall e então você chegou. Você sentou-se na cadeira e eu fiquei muito intrigado porque eu estava só e não havia mais ninguém no Buddha Hall, todo ele estava vazio. E eu estava preocupado com o que você iria fazer.'
Não precisa se preocupar, eu farei a minha parte. Eu não posso deixá-lo só. Eu falarei para você por uma hora e meia continuamente. E você também não pode escapar. Quando há muitas pessoas, umas poucas conseguem escapar, mas se você está sozinho, para onde poderá ir? Eu seguirei você! Sem pessoa alguma, ainda que você não esteja lá, eu estarei sozinho no Buddha Hall, eu cantarei a minha canção.
Tente isso um dia! Eu ainda contarei minhas piadas e se não houver ninguém para rir delas, eu mesmo rirei. Se não for da piada, porque eu já a conheço, estarei rindo do fato de não ter ninguém lá e, ainda assim, eu estar contando uma piada! Que ridículo!
Tom, não se preocupe.
Você diz: Minha essência é como uma flor delicada...
Então, permita que ela assim seja! Ela é bela, ela é uma flor delicada. Permita que os outros também participem de sua fragrância, permita que os outros também bebam de sua fonte. Logo a flor morrerá, à tardinha ela já terá ido. Assim, não a esconda, pois mesmo se escondê-la, você não conseguirá salvá-la. De manhã, a rosa abre suas pétalas, ao final da tarde as pétalas definham e a rosa se vai. Antes que ela se vá, permita que ela seja compartilhada. Deixe que as abelhas venham e façam o zumbido, deixe que os pássaros cantem, deixe que as crianças brinquem ao seu redor. Deixe todo mundo se alegrar! Do contrário, você estará morrendo sem estar realizado.
Ela é uma flor delicada, mas quanto mais delicada for, mais rapidamente ela tem que se abrir à existência, ela não pode esperar pelo amanhã - talvez ela não esteja aqui amanhã.
E você está preocupado: se ela florescesse num terreno errado... Não há terreno errado em lugar algum. Na verdade, se uma rosa consegue florescer num deserto, aquele será o mais belo terreno e ela será uma rosa excepcional. Se ela puder desabrochar entre pedras, então aquela rosa deve ser um Buda, não menos do que isso; um Cristo, não menos do que isso. Num terreno adequado, num jardim, as flores comuns desabrocham, mas as flores extraordinárias desabrocham também entre as pedras e no deserto. Assim, não se preocupe com o terreno e não se preocupe que ela poderia com facilidade ser maldosamente machucada ou destruída.
Tudo que nasce será destruído, por isso, antes que ela seja destruída, permita que ela tenha a sua dança.
E você está me perguntando: Seria este o tempo e o lugar para abrir o meu coração totalmente?
Todo tempo e todo lugar é o lugar certo! E porque você está aqui neste momento, permita que este seja o lugar. Onde você poderia encontrar um espaço melhor, com pessoas mais bonitas, mais receptivas, mais amorosas do que estas que estão à sua volta neste Buddhafield?
Tom Cassidy, você esperou tempo demais, não espere mais. Este é o tempo. Nunca confie no momento seguinte; o amanhã nunca vem. É agora ou nunca!"


OSHO - Zen: Zest, Zip, Zap and Zing - Capítulo 12 - Pergunta nº 1


Gleidson Marques Silva
Psicólogo/Psicoterapêuta
CRP 13/3886
Feliz quinta-feira pra quem passar!!!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O medo de se expor!!!!!

João Pessoa 22/08/2011

Quem não fica? Expor-se cria um grande medo. É natural, porque expor-se significa expor todo o lixo que você carrega em sua mente, o lixo que tem sido amontoado por séculos, por muitas vidas. Expor a si mesma significa expor todas as suas fraquezas, limitações, falhas. Expor-se significa, por fim, expor sua vulnerabilidade. Morte... Expor a si mesma significa expor o seu vazio.
Por trás de todo esse lixo e barulho da mente existe uma dimensão de completo vazio. Sem Deus a pessoa é oca, é um simples vazio e nada, sem Deus. Ela quer esconder essa nudez, esse vazio, essa fealdade. Então ela cobre isso com belas flores e decora essa cobertura. Ela pelo menos finge que é alguma coisa, que é alguém. E isso não é algo pessoal para você. Isso é universal. Esse é o caso de todo mundo.
Ninguém consegue ser como um livro aberto. O medo toma conta: "O que as pessoas pensarão de mim?" Desde a sua infância foi-lhe ensinado a usar máscaras, belas máscaras. Não há necessidade de se ter uma bela face, só uma bela máscara é o bastante, e a máscara é barata. É árduo transformar a sua face, mas pintá-la é muito simples.
Agora, de repente, expor a sua face verdadeira lhe dá um arrepio no mais profundo centro do seu ser. Uma tremedeira surge: as pessoas gostarão disso? as pessoas irão aceitá-la, as pessoas continuarão a amá-la e respeitá-la? quem sabe?Porque eles amavam a sua máscara, eles respeitavam o seu caráter, eles glorificavam o seu vestuário. Agora o medo aparece. "Se eu, de repente, ficar nu, eles irão continuar a me amar, a me respeitar, a me valorizar, ou todos eles irão fugir para longe de mim? Eles podem retornar para seus caminhos e eu posso ficar só."
As pessoas, então, seguem representando. Devido ao medo há o fingimento, devido ao medo todas as falsidades. Para ser autêntica, a pessoa precisa não ter medo.


E essa é uma das leis fundamentais da vida: tudo aquilo que você esconde, se for errado, continuará crescendo. Aquilo que você expõe, se for errado, desaparece, evapora ao sol, e se for correto será nutrido. Exatamente o oposto ocorre quando você esconde alguma coisa correta, ela começa a morrer porque não está sendo nutrida. Ela precisa do vento, da chuva e do sol. Ela precisa de toda a natureza disponível para ela. Ela consegue crescer somente com a verdade, ela se alimenta com a verdade. Pare de lhe dar seu alimento e ela começa a diminuir.
E as pessoas estão acabando com aquilo que é real nelas e reforçando aquilo que não é real. A sua face não verdadeira se alimenta com mentiras, por isso você tem que continuar inventando mais e mais mentiras. Para dar sustentação a uma mentira você terá que mentir cem vezes mais, porque uma mentira só pode ser sustentada por mentiras ainda maiores. Assim, quando você se esconde atrás de fachadas, o real começa a morrer e o não real prospera, torna-se mais robusto. Se você expuser-se, o não verdadeiro irá morrer, ele estará pronto para morrer, porque o não verdadeiro não consegue permanecer no aberto. Ele consegue permanecer apenas em sigilo, na escuridão, nos túneis da sua inconsciência. Se você o trouxer à consciência, ele começará a evaporar. (......)
Se você conseguir expor-se religiosamente, não na privacidade, não com seu psicanalista, mas simplesmente em todos os seus relacionamentos, isso é o que significa o sannyas. Isso é auto-psicanálise. Isso é vinte quatro horas de psicanálise, todos os dias. Isso é psicanálise em todo tipo de situação: com a esposa, com o amigo, com os parentes, com o inimigo, com o estranho, com o chefe, com o seu funcionário. Por vinte e quatro horas você está se relacionando.
Se você continuar se expondo.... No começo vai ser ser realmente muito assustador, mas logo você começará a ganhar força porque uma vez que a verdade é exposta, ela se torna mais forte e a não verdade morre. E com a verdade tornando-se mais forte, você se tornará mais enraizado e centrado. Você começa a se tornar um indivíduo. A personalidade desaparece e o indivíduo aparece.
A personalidade é falsa e a individualidade é substancial. A personalidade é simplesmente uma fachada e a individualidade é a sua verdade. A personalidade lhe é imposta de fora, é uma persona, uma máscara. A individualidade é a sua realidade, ela é como Deus a fez. A personalidade é uma sofisticação social, um polimento social. A individualidade é crua, selvagem, forte e com tremendo poder.
Somente no começo, Gita, haverá medo. Por isso a necessidade de um Mestre, para que no começo ele possa segurar suas mãos, para que no começo ele possa lhe dar suporte, para que ele possa levar-lhe a dar alguns passos com ele. O Mestre não é um psicanalista. Ele é muito mais. O psicanalista é um profissional e o Mestre não é um profissional. Não é sua profissão ajudar as pessoas, é a sua vocação, é o seu amor, é a sua compaixão. E por causa dessa compaixão ele a conduz apenas o tanto que você precisa dele. No momento em que ele sente que você pode ir por si mesma, ele começa a soltar as suas mãos. Embora você quisesse continuar agarrada, ele não pode permitir isso.
Uma vez que você esteja pronta, corajosa e desafiadora; uma vez que você tenha experimentado a liberdade da verdade, a liberdade de expor a sua realidade, você poderá seguir por si mesma. Você conseguirá ser uma luz para si mesma.
Mas o medo é natural porque desde o início da infância, lhe foram ensinadas falsidades, e você se tornou tão identificada com o falso que abandoná-lo quase parece cometer suicídio. E o medo surge porque uma grande crise de identidade aparece.
Por cinqüenta, sessenta anos, você tem sido um certo tipo de pessoa. Agora a Gita deve estar atingindo os sessenta. Por sessenta anos você tem sido um certo tipo de pessoa. Agora, nesta última fase de sua vida, abandonar aquela identidade e começar a aprender a respeito de si mesma desde o ABC é assustador. A cada dia a morte está se aproximando mais. Será esse o tempo para aprender uma nova lição? Quem sabe se você será capaz de completá-la ou não? Quem sabe? Você pode perder a sua velha identidade e pode não ter tempo suficiente, energia suficiente, coragem suficiente para alcançar uma nova identidade. E, nesse caso, você iria morrer sem uma identidade? Isso será uma espécie de loucura, viver sem uma identidade. O coração desmonta e se encolhe. A pessoa pensa: "Agora, tudo bem levar isto adiante por mais alguns dias. É melhor viver com o velho, o que é familiar, o seguro e conveniente." Você se torna competente para lidar com isso. E isso foi um grande investimento: você colocou sessenta anos de sua vida nisso. De alguma maneira você administra isso, de alguma maneira, você criou uma idéia de quem você é, e agora eu digo a você para abandonar tal idéia porque você não é isso. Nenhuma idéia é necessária para conhecer-se. Na verdade, todas as idéias têm que ser abandonadas, somente então você poderá saber quem você é.
O medo é natural. Não o condene e não sinta que ele é algo errado. Ele é apenas parte de toda essa educação social. Nós temos que aceitá-lo e ir além dele. Sem condená-lo, nós temos que ir além dele.
Exponha pouco a pouco, não há qualquer necessidade de você dar saltos que você não possa administrar. Vá passo a passo, gradualmente. Mas logo você irá descobrir o sabor da verdade e você ficará surpresa de que todos esses sessenta anos foram puro desperdício. Sua velha identidade será perdida e você terá uma concepção totalmente nova. Não será, na verdade, uma identidade mas uma nova visão, uma nova maneira de ver as coisas, uma nova perspectiva. Você não será capaz de dizer "Eu" novamente, com alguma coisa por trás. Você usará essa palavra porque ela é útil, mas você estará sabendo todo o tempo que a palavra não carrega qualquer significado, qualquer substância, definitivamente qualquer substância existencial. Por trás desse "Eu" está escondido um oceano infinito, vasto e divino.
Você nunca alcançará uma outra identidade. A sua velha identidade terá ido embora e, pela primeira vez, você começará a sentir-se como uma onda no oceano de Deus. Isso não será uma identidade porque você não estará ali. Você terá desaparecido. Deus terá se apoderado de você.
Se você colocar em risco o falso, a verdade poderá ser sua. E ela vale isso, porque você coloca em risco apenas o falso e ganha a verdade. Você nada arrisca e ganha tudo.
Todo o meu trabalho é para, de alguma maneira, persuadir você, seduzir você, desse jeito ou daquele, para que abandone a velha identidade. Muitos medos virão. Muitas coisas você fez no passado e foi capaz de esconder com sucesso. Agora, sem qualquer propósito, de novo abrindo os capítulos fechados, os espaços fechadas e liberando os fantasmas do passado....
Você pode não ter sido fiel ao seu marido uma vez ou outra, mas você foi capaz de manter uma certa face de sinceridade e de fidelidade. Agora, expor-se desnecessariamente vai lhe criar medo. Você pode não ter sido fiel, mas qual é a razão de expor isso agora? Ou você tem sido leal em ações mas não em pensamentos. Mas, qual é a razão de expor isso? A mente lhe dirá: 'Não há qualquer necessidade! Já existem tantos problemas, porque criar mais um?'
Você pode ter sido bem sucedida ao contar muitas mentiras e espalhando tais mentiras como verdades. Você pode ter sido bem sucedida e, para os outros, aquelas mentiras são quase verdades agora, e mesmo para você. Agora, voltando lá atrás e olhando de novo, é muito natural ficar com medo e não querer olhar para trás e não voltar àqueles pesadelos. (...)
É melhor ficar quieto, diz a mente. É melhor não trazer todos os velhos fantasmas, não liberá-los. É melhor deixá-los sentados lá. Por sessenta anos você tem sido capaz de manter uma certa conduta, uma certa graciosidade, uma certa personalidade - polida, civilizada, respeitável - agora, de repente, expor-se sem qualquer razão? Você ficou maluca? A mente lhe dirá: 'você já agüentou tanto tempo, você pode agüentar um pouco mais.' (....)
Depois de sessenta anos de vida, a idéia simplesmente surge em sua mente: 'você já agüentou tanto tempo, por que você não pode agüentar alguns dias mais? Por que criar perturbações? Por que criar agitações desnecessariamente?' As coisas estão acomodadas, todo mundo respeita você, as crianças, o marido, toda a sociedade respeita você. Tem sido uma luta árdua, uma luta com o mundo externo e com o mundo interno. De alguma maneira você reprimiu tudo aquilo que era selvagem dentro de você. Você reprimiu sexo, raiva, ambição, inveja; você reprimiu tudo o que a sociedade condena. Você, de alguma maneira, desenvolveu um belo caráter. Agora, na última fase de sua vida, por que expor isso? Com que objetivo? O que você vai ganhar com isso?
A mente lhe dará todas essas razões astutas, essas racionalizações.
Se você viveu por sessenta anos de uma maneira falsa, então chega! Já foi o bastante. Já é hora de abandonar toda essa falsidade. O que as pessoas podem tirar de você agora? Mais cedo ou mais tarde você vai estar morta e todo o respeito, todo o caráter, tudo irá se perder e logo você será esquecida. Algumas poucas pessoas irão se lembrar de você por uns poucos dias, e depois elas irão morrer. Então, até mesmo a sua memória vai desaparecer da Terra. (...)
Quantos milhões de pessoas viveram na Terra? Ninguém nem mesmo sabe seus nomes agora. Na época em que elas viveram elas devem ter se gabado de suas personalidade, caracteres, força, verdade, coragem, religiosidade, santidade, e disso e daquilo. Agora, ninguém nem mesmo sabe os seus nomes. (...)
Agora, o que você tem a perder, Gita? Você nada tem a perder e tem tudo a ganhar. Você foi afortunada por, na última fase de sua vida, ter entrado em contato com este campo de energia. Você foi afortunada pois no final da tarde de sua vida uma porta está aberta e a pessoa que volta para casa, ainda que no final da tarde, não deve ser considerada perdida.
Existe um provérbio na Índia: 'mesmo no final da tarde, quando o sol está se pondo, se alguém volta para casa, ele não é considerado perdido.' Ele chegou, finalmente ele chegou.
Não perca essa última fase da vida. E a última é a mais importante fase, porque ela lhe trará a morte. E se você conseguir morrer como verdade, você não nascerá novamente. Se você puder morrer com todas as falsidades abandonadas, com todas as falsas identidades desconectadas de você, renunciadas, se você puder morrer completamente nua diante de Deus, absolutamente nua diante de Deus como uma criancinha diante de seus pais, a sua morte será a mais bela experiência que você jamais conheceu.
Aqueles que conheceram a morte sabem que a vida é nada comparada a ela. A vida tem uma extensão, setenta, oitenta anos, ela se espalha por todos esses anos. Daí, ela não conseguir ter a mesma intensidade que a morte pode ter, e que somente a morte consegue ter, porque a morte acontece num momento. Por oitenta anos você vive e num momento você morre. A morte tem intensidade, não extensão mas intensidade. Ela tem profundidade.
A vida é um longo caminho para viver. Você pode adiar para amanhã e viver de uma maneira sem entusiasmo. Mas a morte é tão total... E se você puder morrer conscientemente... E você só pode morrer conscientemente se você expor-se totalmente, de modo que tudo o que o inconsciente estiver carregando seja colocado para fora, tudo o que o inconsciente estiver reprimindo seja liberado, e assim o inconsciente se torna vazio e nada há para esconder. Você pode se expor no momento da morte e morrer conscientemente.
Lembre-se, uma pessoa que tiver qualquer repressão não poderá morrer conscientemente. A repressão cria o inconsciente. Quanto mais reprimido você for, maior o inconsciente que você tem. O que na verdade é o inconsciente? Ele é aquela parte de sua mente que fica de lado, é aquela parte de sua casa onde você nunca vai, o porão. Você vai atirando ali todo tipo de coisas e nunca você vai lá. (...)
O inconsciente é uma criação da civilização. Quanto mais civilizado você for, mais inconsciente você será. Se você for absolutamente civilizado, você será um robô, você será absolutamente inconsciente. Isso é o que está acontecendo. Esta calamidade está acontecendo em todo o mundo. Isso tem que parar. E a única maneira de parar isso é ajudando as pessoas a colocar para fora os seus inconscientes nas meditações.
Gita, exponha-se. Isso será um alívio. E eu estou aqui. Não fique preocupada e não tenha medo. Eu estou indo com você. Eu vou lhe fazer companhia até o ponto em que você não precise mais de mim. Eu só deixarei você no desconhecido quando eu sentir que agora você pode caminhar por si mesma. E aí não haverá mais medo.
Mas não perca esta oportunidade. Desta vez, morra conscientemente. Mas você tem que começar neste exato momento a viver conscientemente. Somente então você poderá morrer conscientemente. Mesmo que você consiga viver conscientemente por poucos anos, isso será o suficiente. Mesmo alguns meses ou mesmo alguns dias, se a intensidade for grande, mesmo alguns minutos serão suficientes para viver conscientemente. Então a pessoa se torna capaz de morrer conscientemente. E morrer conscientemente é ressuscitar numa dimensão totalmente diferente, a dimensão do divino.
Eu gostaria que todos os meus sannyasins morressem tão profundamente que eles nunca nascessem de novo, assim eles poderiam desaparecer no cosmos e se tornar parte do todo. "

OSHO - The Guest - discourse nº 8
Gleidson Marques Silva
CRP 13/3886

Psicólogo/Psicoterapêuta


Fleliz semana pra quem passar!!!luz e paz sempre,nos corações.......

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

GRATIDÃO TRAZ SAÚDE EMOCIONAL E BEM-ESTAR!!!!!

Boa tarde!!!
A gratidão é uma virtude que precisa ser cultivada e desenvolvida continuamente. Precisa se tornar um hábito diário. Muitas vezes não nos lembramos de agradecer e apenas reclamamos.

Em vez de se lastimar mude essa atitude de vítima para uma atitude positiva, agradecendo desde que abre os olhos de manhã até a hora de dormir. Ao fazer isso você abre seu coração, abre seu entendimento para descobrir quantas bênçãos pequenas e grandes você recebe a cada dia. Desse modo você passa a perceber as bênçãos "invisíveis" que nem tinha notado. Passa a sentir como foi protegido, amparado, ajudado tantas e tantas vezes.

O sentimento de gratidão nos liberta da preocupação e nos acalma. Ao agradecer nosso coração descansa, nossa mente se aquieta, relaxamos mais, dormimos melhor e ficamos livres de tantas tensões da vida moderna.

A gratidão cura as doenças psicossomáticas e crônicas. Cura as dores da alma como a depressão, a tristeza, a solidão, melancolia, a baixa-estima, insônia e ansiedade.

Lembre-se sempre de demonstrar sua sincera gratidão a todos que o ajudam. Expressar gratidão é uma força poderosa; é um atributo natural da mente voltada para a prosperidade.

Ao desenvolver esse hábito de agradecer você aciona a energia curativa do universo e muda as circunstâncias e o ambiente ao seu redor.

É importante recordar-se de agradecer. Existem maneiras concretas de nos ajudar a lembrar de agradecer, como escrever bilhetinhos e espalhá-los onde possamos ler para lembrar de agradecer ou escrever um diário contemplando as graças recebidas.

E mentalmente, repita, várias vezes ao dia: Obrigado, obrigado, obrigado Deus. Experimente isto e sinta como você fica mais calmo, completo e feliz.

Sinta também como a prática da meditação e o relaxamento naturalmente tornam o coração agradecido, porque purificam os padrões mentais, limpam a mente das emoções e sentimentos negativos que lhe impediam de sentir gratidão.

Torne-se sensível às belezas da natureza. Desperte sua percepção para observar mais a beleza do mar, das montanhas, da vegetação, das flores, frutos e árvores, dos rios e cachoeiras. Deleite-se com o canto dos pássaros. Sinta carinho e respeito pelos animais. Agradeça a Deus pelo seu universo tão pleno de maravilhas.

Sinta um agradecimento profundo pelo nosso planeta, nossa querida Terra, que tudo nos dá sem nada pedir em troca. Faça isso de maneira concreta, cuidando do meio ambiente à sua volta, ajudando a não poluir, preservando a natureza, reciclando o lixo.

É necessária muita conscientização sobre como cuidar e respeitar o nosso planeta. Se cada um de nós fizer a sua parte, por menor que seja, estaremos cumprimos nosso dharma (espécie de missão do bem), nosso dever e ajudando nossa amada Mãe Terra.

Quando nos despertamos interiormente para o sentimento tão nobre da gratidão, começamos a sentir gratidão por tudo, pelo ar que respiramos, por estarmos andando, vendo, ouvindo, falando e pelo simples fato de estarmos vivos.

Passamos a dar mais valor a vida e a essa oportunidade, essa dádiva de ter nascido na Terra para aprender e evoluir espiritualmente. Ao compreender isso, nos libertamos do sentimento de revolta, da não-aceitação.

Os mestres sábios nos ensinam a agradecer tanto as coisas boas como as coisas ruins, compreendendo que tudo acontece para melhor e que tudo segue um plano divino. Deus quer que extraiamos lições das dificuldades que são como esmeris nos purificando e desenvolvendo as virtudes em nosso interior.

Em vez de só reclamar e se focar nos defeitos e faltas, podemos ver o lado positivo. Quando não somos gratos, não somos capazes de sentir felicidade, porque ficamos focados no que não tivemos, no que não temos e achamos que nunca temos o suficiente.

Através do conhecimento e da prática da filosofia do yoga rompemos a união com a dor, ficamos livres da ignorância e do sofrimento. Aprendemos o caminho que vai nos libertando da dor dos desejos, da ansiedade, dos apegos e aversões, da raiva, da irritação e descontentamento.

Ao conquistar a virtude de ter um coração agradecido, você respeita a todos e ao mesmo tempo não perde seu discernimento. É o antídoto para o orgulho.

Através da gratidão você sintoniza com mais bênçãos divinas e atrai a boa sorte.

Gurumayi uma vez disse: "Quando nos tornamos gratos, recebemos mais. Quando expressamos nossa gratidão, recebemos ainda mais. Esta a lei da natureza".

Cultive a gratidão. Sintonize com as vibrações puras de Deus através do agradecimento profundo e sincero e muitos de seus problemas e carmas são diminuídos e você recebe mais e mais graças divinas.

Vivencie isto agora. Feche os olhos. Respire tranqüilamente. Deixe que o ar entre e saia naturalmente.

E conte suas bênçãos. Lembre-se de tanto que há para agradecer.
Agradeça a Deus, a fonte divina de onde recebemos tudo.
Agradeça a vida.
Agradeça ao seu corpo e sua mente.
Agradeça a seus pais, filhos, parentes, amigos, a todas as pessoas e acontecimentos.
Lembre-se de todas as coisas boas de sua vida.
Permita que a gratidão dissolva seu cansaço, tristeza e karmas.
Permita que seu coração se torne suave e doce através da gratidão e experimente entusiasmo e tranqüilidade. Om Shantih.Fique em paz.

Texto de Emilce Shrividya (professora de Hatha Yoga)
Gleidson Marques Silva
CRP 13/3886
Psicólogo/Psicoterapêuta
Bom fim de semana pra quem passar!!!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A ARTE DE SER FELIZ!!!!


João Pessoa 08/08/2011

Bom dia!!!!


HOUVE um tempo em que a minha janela se abria para um chalé. Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos
dias límpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia pousado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa e sentia-me completamente feliz.

HOUVE um tempo em que a minha janela dava para um canal. No canal oscilava um barco. Um barco carregado de flores. Para onde iam aquelas flores? Quem as comprava? Em que jarra, em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? E que mãos as tinham criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era mais criança, porém a minha alma ficava completamente feliz.

HOUVE um tempo em que minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava sua copa redonda. À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher, cercada de crianças. E contava histórias. Eu não podia ouvir, da altura da janela; e mesmo que a ouvisse, não a entenderia, porque isso foi muito longe, num idioma difícil. Mas as crianças tinham tal expressão no rosto, a às vezes faziam com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu participava do auditório, imaginava os assuntos e suas peripécias e me sentia completamente feliz.

HOUVE um tempo em que a minha janela se abria sobre uma cidade que parecia feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim seco. Era uma época de estiagem, de terra
esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde e em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma regra: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.

MAS, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas e
outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.


Cecília Meireles

Gleidson Marques Silva
Psicólogo/Psicoterapêuta
CPR 13/3886
Tenha uma excelente semana,com muita luz e paz e saúde.

sábado, 6 de agosto de 2011

ACASO

João Pessoa 06/08/2011

Bom Dia!!!

"Cada um que passa em nossa vida,
passa sozinho, pois cada pessoa é única
e nenhuma substitui outra.
Cada um que passa em nossa vida,
passa sozinho, mas não vai só
nem nos deixa sós.
Leva um pouco de nós mesmos,
deixa um pouco de si mesmo.
Há os que levam muito,
mas há os que não levam nada.
Essa é a maior responsabilidade de nossa vida,
e a prova de que duas almas
não se encontram ao acaso. "

(Antoine de Saint-Exupéry)
Excelente semana pra quem passar!!!
Gleidson Marques Silva
Psicólogo/Psicoterapêuta
CRP 13/3886

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Objetido da terapia!!!

João Pessoa 03/08/2011


“O propósito da terapia é levá-lo ao ponto onde você possa ver a sua falta de naturalidade . (...) O propósito é simplesmente torná-lo consciente de onde você está, do que fez a si mesmo – o mal que tem sempre causado e ainda está causando, as feridas que está criando em seu próprio ser. Cada uma das feridas tem sua assinatura – esse é o objetivo da terapia, fazer com que você se dê conta de sua assinatura; que as feridas levam sua assinatura, que ninguém mais as tem causado; que todas as correntes que o envolvem são criadas por você; que a prisão na qual você vive é obra sua. Ninguém a está fazendo para você.”
Por Osho

Gleidson Marques Silva
CRP 13/3886
Psicólogo/Psicoterapêuta
Feliz Quarta-feira pra quem passar!!!
Obra de Salvador Dali

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

A mente é orientada por metas !!!!

Osho :
"É a ambição, é algum desejo, é alguma esperança no futuro que mantém o corpo movimentando-se.
A palavra usada por Gautama Buda para essa ambição, desejo ou esperança é tanha. Ela contém todas essas coisas.
Você está sempre buscando alguma coisa para acontecer na sua vida; você não viveu ainda. O passado está vazio; você sabe que ele foi um deserto.
A única maneira para movimentar-se é manter os olhos lá longe, em alguma estrela. Isso é apenas a sua imaginação, mas é suficiente para manter o corpo em movimento.

Se nada aconteceu até agora, não há qualquer garantia de que acontecerá no futuro. O amanhã está sempre aberto, e é o amanhã que mantém o corpo e a mente em movimento.
E não apenas durante uma vida. A compreensão oriental é muito mais profunda que a ocidental a respeito dos segredos internos.

Todos os místicos nascidos no Oriente podem discordar em todos os outros pontos, mas num ponto a concordância deles é absoluta, e esse ponto é a reencarnação.
Não é apenas numa vida que você segue movimentando-se por causa de alguns ou muitos desejos.

Você segue movimentando-se de uma vida para outra, de um útero para outro, mas a razão é a mesma: o movimento significa que você tem alguma coisa no futuro a ser alcançada.


O seu futuro está atraindo-o. Você está fascinado por todas as possibilidades que podem ser suas. Você não se acabou só porque o passado foi vazio.
O futuro pode ser mais completo, mais rico e melhor. É essa esperança que está sempre ali e nunca morre.
Todos os dias você vê essa esperança sendo decepcionada, por toda a sua vida você vê ela sendo decepcionada, mas ainda assim, o futuro está aí, sempre disponível, aberto e dando
a vsi tantas chances quantas você queira.

Pode ocorrer, em meditação profunda, que você chegue a uma paragem completa, a um estado de não-movimento, à simples sensação de que não há qualquer necessidade de se movimentar, nenhuma necessidade de se ir a lugar algum, porque não há lugar algum para se ir.
Você tem corrido atrás de sombras por muitas vidas e até agora tudo tem provado ser sem sentido, você nunca chegou a meta alguma.



Em meditação profunda, a percepção pode vir de que não há meta alguma e que todo movimento é fútil. Se não há meta alguma, não há qualquer necessidade de movimentar-se,
uma vez que todo movimento é orientado por metas. Eles estão juntos.
Se a meta desaparece da sua mente, você vai sentir diminuindo a marcha no seu corpo e na sua mente.

Um relaxamento profundo vai se assentando. Esta é uma das mais belas experiências. A proposta da meditação é, na verdade, trazê-lo a essa paragem completa, onde, pela primeira vez, você não está mais motivado por qualquer desejo, por qualquer ambição, por qualquer anseio.


Pela primeira vez, o futuro terá desaparecido. Ele nunca existiu. Era apenas a sua imaginação.
O futuro é a sua projecção de desejos não realizados. Quanto mais desejos não realizados você tiver, maior será o seu futuro projectado.

Quanto mais o seu ser não se realizar, mais ricos sonhos você terá sobre o futuro. Mas isso existe apenas na sua mente.


Nós dividimos o tempo em 3: passado, presente e futuro. Mas é uma divisão errada.
O tempo consiste apenas no presente e a mente consiste apenas no passado e no futuro. Você está misturando as duas coisas juntas.
A meditação ajudá-lo-à a dar clareza para dividi-los exactamente como eles são.

A mente é memória do passado e imaginação do futuro. Mas o tempo em si mesmo é indivisível, é somente o presente. Você nunca encontra o ontem e nunca encontra o amanhã.
O que você, na verdade, encontra sempre é o momento presente.

No momento em que você percebe isso, você começa a assentar em si mesmo.
Todo o movimento é do lado de fora, todo o movimento é extroversão. Não-movimento é introversão, é ir para dentro, simplesmente assentando-se no verdadeiro centro do seu ser... sem qualquer agitação, sem qualquer pensamento, sem qualquer sonho e sem qualquer desejo.


Esse é na verdade o estado de meditação. A mente foi-se com o movimento. Ela era apenas um outro nome para movimento. Ela o mantém ocupado e atarefado com o futuro,
com o passado, com tudo, excepto com o presente. Ela é muito relutante em vir para o presente. É por isso que as pessoas sentem dificuldades para meditar.

A mente puxa-o ou para o passado, onde ela é perfeitamente feliz, ou para o futuro, porque somente no passado ou no futuro ela consegue viver.
O presente nada mais é do que a morte para a mente, mas a morte para a mente é o começo da sua vida autêntica.

A mente mantém-no vivendo uma vida não autêntica. Todo o seu desespero, toda a sua agonia, toda a sua miséria são filhos de sua mente.
Assim que o movimento pára, a mente pára. De repente, você está aqui e agora. Pela primeira vez você toca a Existência. Pela primeira vez você está acordado.

O sonho da mente, o sono da mente não estão mais aí.

Nesse momento de despertar, você encontra-se. Não o ego que você costumava pensar que era você, não a velha personalidade na qual você sempre acreditou e com a qual você permaneceu identificado.
Aquela personalidade e aquele ego eram partes da mente. Com a mente, eles desapareceram.
Todo aquele cerco não está mais ali, mas uma claridade limpa como cristal, uma transparência, um silêncio vivo e cheio de paz. E surge uma alegria subtil e profunda como nunca você conheceu igual. Você nem mesmo pode ter concebido ou sonhado tal alegria.



Isso não é apenas o seu 'self', isso é o 'self' universal também. E porque isso é também o 'self' universal, Gautama Buda decidiu chamar essa experiência de 'não-self', simplesmente para enfatizar que você não é mais. A Existência é, você já se foi. Agora o Todo assumiu a direcção.

Você está consciente, pela primeira vez, consciente em totalidade.
E novas coisas começam acontecer-lhe . Elas são exactamente o oposto daquilo que a mente estava criando.


No lugar da agonia, você tem êxtase; no lugar da miséria, uma tremenda felicidade; no lugar do desespero, você estará completamente tranquilo; no lugar da sensação de falta de sentido, pela primeira vez você verá a significância, a beleza e a glória de tudo que a existência lhe tem dado. E sem qualquer esforço da sua parte, um tremendo impulso surge para agradecer o Todo, para estar grato, para dançar e cantar em gratidão.


Para mim, a única prece verdadeira é aquela que vem da gratidão, não endereçada a um deus qualquer, ou para obter alguma coisa, mas endereçada a toda a Existência por tudo aquilo que já lhe foi dado. Isso é tanto... De repente você vê que não merece tudo isso.

Você jamais ganhou algo assim: toda essa beleza, todas essas bênçãos e todo esse êxtase. Você nem consegue conceber que tenha ganho isso. Isso é simplesmente um presente do além.
Você apenas consegue curvar-se diante disso, não diante de alguém em particular, mas simplesmente diante do Todo que o circunda . Assim como um peixe é circundado pelo oceano, você é circundado pelo Todo.


Você está dizendo: 'Durante o exercício do caminhar consciente no grupo de Vipassana, hoje, eu observei que a minha velocidade foi diminuindo e parou. Parecia não haver necessidade alguma de movimento. Para onde, para quê? Simplesmente não mais havia qualquer meta.'

Certamente não existe meta. A Existência é suficiente em si mesma. Uma meta é necessária somente para aqueles que estão sentindo-se vazios.
Uma vez que você conheça a sua plenitude, você não tem qualquer espaço para alguma meta dentro de si.


Você não apenas está completo, você está transbordando. E a questão de ir a algum lugar nem mesmo surge, porque onde você estiver, você estará no Todo, onde você estiver,
você estará no mesmo oceano.


Então uma tremenda transformação surgirá em si.

Por todas as suas vidas passadas, num movimento contínuo, de um corpo para outro corpo, de uma vida para outra vida, sempre estão aí os mesmos desejos, a mesma cobiça,
a mesma raiva, a mesma violência, a mesma competição, a mesma inveja.

A palavra oriental para mundo é samsara. E samsara significa a roda. Você segue movendo-se numa roda. Ela é a mesma roda. Ela não vai a lugar algum.
Você simplesmente está agarrado a algum raio da roda, e a roda segue movendo-se. Você pensa que está chegando a algum lugar, mas você não está chegando a lugar algum.


Mas porque, continuamente, você pensa que está chegando a algum lugar, você nunca olha para dentro para ver que você já está onde você quer estar.


O lar, pelo qual você está procurando, está dentro de si. E o deus, pelo qual você tem procurado, está dentro de si.
Você é o maior tesouro de consciência em toda esta Existência. No momento em que você perceber a sua glória e esplendor, você verá a si mesmo na altura do Everest no céu,
e você nem conseguirá conceber que algo mais ainda possa ser acrescentado. O seu preenchimento é tão completo que virá uma cena absoluta, e essa cena tornar-se-à uma explosão de iluminação, de despertar da sua natureza búdica.



O que lhe aconteceu é tremendamente belo. Permita que isso aconteça mais e mais. Vá mais fundo nessa ocasião, vá ainda para mais longe do movimento e você estará mais próximo de si.

Não seja apanhado novamente na teia da mente. Fique atento pois ela logo tentará apanhá-lo .
Você pode ter tido uns poucos vislumbres, mas ela imediatamente tentará agarrá-lo de volta e não lhe permitir mais do que pequenos vislumbres.

De novo um desejo surgirá, de novo o amanhã se tornará real, de novo o futuro se tornará significante e o movimento e o processo de pensamentos... E toda a mente estará de volta.

Aprofunde as suas experiências. Deixe que elas aconteçam mais vezes. Esse é o propósito de todas as meditações que estão acontecendo aqui: trazê-lo a uma parada total.

Então, de repente, a energia que estava movendo-se para fora, começa a assentar-se internamente. Quando todas as suas forças vitais estiverem centradas na verdadeira raiz do seu ser, você começará a crescer numa nova direcção.



Agora, isso não será um movimento, será um crescimento. Movimento é sempre horizontal e crescimento é vertical. As árvores crescem verticalmente, você movimenta-se horizontalmente. O mundo é horizontal e a espiritualidade é vertical. ( subindo).


Uma vez que as suas energias estejam todas concentradas nas raízes, surgirão novos brotos, novas folhagens, novos ramos, e você começará a mover-se para cima, em direcção às estrelas. E esse não é o velho movimento, este é um fenómeno totalmente diferente.

O movimento horizontal nós conhecemos, é quando dizemos que alguém está ficando velho. O movimento vertical é quando nós dizemos que alguém está crescendo.

Simplesmente tornar-se velho não irá levar você a lugar algum, a não ser à morte e a uma nova vida com os velhos desejos novamente... o mesmo círculo.

Uma vez que a sua vida começa a expandir-se, ao invés de movimentar-se, ela toma uma dimensão totalmente diferente, para cima, contra a gravitação deste mundo, em direcção ao céu aberto. E somente nessa expansão, um dia, a sua potencialidade irá desabrochar.



No dia em que você vir as suas flores abrindo-se e libertando a sua fragrância, você irá conhecer pela primeira vez alguma coisa que pode ser chamada de espiritual.

E isso não é uma meta. As árvores não estão crescendo atrás de alguma meta, elas estão crescendo em direcção ao seu potencial, o qual é intrínseco, oculto nelas.

Elas querem chegar a um ponto onde aquilo que está oculto se torne disponível para toda a existência, aquilo que está numa semente se torne uma flor.


A iluminação é o seu florescimento.

A meditação levá-lo-à ao ponto onde a sua existência tomará uma nova dimensão, a dimensão da iluminação.

Você pode chamar isso de sat-chit-anand. "


OSHO - Sat-Chit-Anand - Truth-Consciousness-Bliss - discourse nº 22


GLEIDSON MARQUES SILVA
CRP 13/3886
PSICÓLOGO/PSICOTERAPÊUTA

EXCELENTE SEMANA PRA QUEM PASSAR!!!